A cirurgia bariátrica e medicamentos como o Ozempic (ou o Wegovy) e suas variantes são duas formas consideradas mais “fáceis” para quem quer perder peso. Mas também são dois caminhos que podem gerar problemas de saúde a longo prazo, principalmente para pacientes que não adotam hábitos mais saudáveis como aliados para esses tratamentos. Mas qual dos dois métodos é menos provável de gerar problemas de saúde no futuro?
Bariátrica ou Ozempic: qual gera mais problemas a longo prazo?
De acordo com um estudo da Cleveland Clinic, publicado na Nature Medicine, pessoas com obesidade e diabetes tipo 2 que passam por cirurgias para perda de peso vivem mais e têm menos problemas de saúde do que pessoas que usam medicamentos agonistas do receptor GLP-1, como o Ozempic.
Em comparação aos pacientes que usaram esses medicamentos, os pacientes que passaram por alguma cirurgia metabólica tiveram:
- 32% menos risco de morte;
- 35% menos risco de problemas cardíacos graves;
- 47% menos risco de doença renal grave;
- 54% menos risco de danos oculares relacionados ao diabetes.
Esses pacientes que passaram por cirurgias tiveram uma maior perda de peso, conseguiram melhor controle glicêmico e passaram a depender menos de medicamentos. Segundo Ali Aminian, diretor do Instituto Bariátrico e Metabólico da Cleveland Clinic, mesmo com os melhores medicamentos atuais, cirurgias ainda oferecem “benefícios únicos e duradouros”.
A pesquisa acompanhou quase 4 mil adultos com diabetes e obesidade que foram atendidos na Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, por até dez anos. Dentro eles, 1.657 passaram por uma cirurgia metabólica (como bariátrica e bypass gástrico). 2.275 passaram por tratamentos com medicamentos GLP-1, como Ozempic e Mounjaro.