O fundador da Amazon, Jeff Bezos, defende uma rotina simples para começar o dia: a Regra da 1 Hora. Trata-se de um período matinal de baixo estímulo, sem celular ou redes sociais, reservado para café, leitura e aprendizado. Segundo o bilionário, esse tempo de “vagar e reiniciar” a mente é essencial para clareza mental e foco.
Pesquisas em neurociência agora validam a prática: a primeira hora após acordar é quando o cérebro está mais alerta e plástico, o que significa maior capacidade de aprendizado e reorganização neural. Desperdiçar esse momento rolando telas pode causar fadiga decisória, queda de produtividade e falhas na memória de longo prazo.
A ciência por trás do hábito
Estudos recentes mostram que, ao acordar, o cérebro opera em um estado de alta receptividade. Nesse intervalo, novas conexões neurais se formam com mais facilidade. Por isso, atividades como leitura, escrita, planejamento ou meditação podem potencializar resultados ao longo do dia.
Especialistas chamam esse efeito de “hora dourada”, período em que escolhas conscientes de baixo estímulo podem moldar padrões cognitivos.
Não é só Bezos
Outros executivos de destaque, como o CEO da Apple, Tim Cook, também adaptaram a Regra da 1 Hora em suas rotinas. A prática ganhou popularidade entre empreendedores, líderes e estudantes como forma de aumentar desempenho e reduzir a sobrecarga mental.
Aplicativos de leitura rápida e aprendizado, como o Blinkist — que resume livros de não ficção em até 15 minutos —, têm sido usados como ferramentas para inserir conhecimento nesse tempo matinal livre de distrações digitais.
Uma estratégia acessível
A ideia central é simples: acordar sem pegar o celular. Em vez disso, dedicar 60 minutos a atividades de baixo estímulo, como preparar o café, caminhar, escrever ideias ou ler. Para os neurocientistas, o impacto pode ser comparado a uma espécie de “reprogramação diária” do cérebro.
“Não se trata de ter tempo livre, mas de usar conscientemente a hora mais valiosa do dia para o cérebro humano”, apontam os pesquisadores.