A Prefeitura de Cotia, na Grande São Paulo, anunciou a suspensão de todas as aulas da rede municipal nesta terça-feira (23). A medida preventiva foi adotada após as fortes chuvas da véspera provocarem goteiras, quedas parciais de forros e outros danos estruturais em escolas. Segundo a gestão municipal, a decisão visa garantir a segurança de alunos, professores e funcionários, já que a previsão indica novos temporais e ventos fortes nos próximos dias.
Para lidar com os impactos, a Prefeitura criou um grupo de gestão de crise, que reúne diversas secretarias. Engenheiros já iniciaram vistorias nas mais de 100 escolas do município e deverão consolidar relatórios ainda nesta terça-feira. As próximas decisões sobre a retomada ou manutenção da suspensão das aulas serão divulgadas nos canais oficiais da administração municipal.
Temporal atinge SP e região metropolitana
As chuvas que levaram à suspensão das aulas em Cotia também causaram estragos em outras cidades paulistas. Em São Paulo, mais de 184 mil imóveis estavam sem energia elétrica na manhã desta terça-feira, segundo a concessionária Enel. A empresa informou ter restabelecido o fornecimento para 68% dos clientes afetados até as 6h.
A Defesa Civil estadual registrou 33 ocorrências relacionadas ao temporal, entre elas quedas de árvores, destelhamentos, desabamentos e colapsos estruturais. O balanço aponta ainda 24 pessoas feridas, 8 desabrigadas e 33 desalojadas, sem registro de mortes.
Ventos chegaram a quase 100 km/h
De acordo com meteorologistas, a forte instabilidade foi causada pela passagem de uma frente fria, que trouxe rajadas de vento de até 100 km/h. O temporal, concentrado na tarde de segunda-feira (22), correspondeu à metade da média histórica de chuvas para todo o mês de setembro.
Além de alagamentos e queda de árvores, houve atrasos e cancelamentos de voos nos aeroportos de Congonhas, na capital, e de Cumbica, em Guarulhos. Em Porto Feliz, no interior, uma planta da Toyota sofreu destelhamentos e alagamentos.