A Dinamarca foi apontada como o país mais feliz do mundo para pessoas acima dos 60 anos, segundo o World Happiness Report, elaborado a partir de pesquisas da Gallup e da Universidade de Oxford. O levantamento considera fatores como igualdade social, qualidade dos serviços públicos, liberdade de decisão e expectativa de vida saudável.
No ranking geral, o país nórdico aparece em segundo lugar, atrás apenas da Finlândia. Entre os idosos, no entanto, os dinamarqueses lideram, em parte porque o sistema de bem-estar social garante acesso a saúde gratuita, educação pública e pensões que cobrem necessidades básicas.
Especialistas apontam que a combinação de baixa criminalidade, altos níveis de confiança social e ausência de corrupção contribui para a sensação de segurança e bem-estar entre os dinamarqueses.
Além disso, a cultura local valoriza a simplicidade e as relações interpessoais, em vez da busca constante por status ou acúmulo de bens. Segundo pesquisadores da Universidade de Aarhus, os idosos no país tendem a priorizar atividades prazerosas, como viagens, passeios culturais e convívio com amigos e familiares, fatores diretamente ligados à satisfação pessoal.
Aposentadoria sem preocupações
Na prática, o modelo social dinamarquês assegura que pessoas com mais de 60 anos tenham liberdade para viver sem as pressões comuns da meia-idade. Com necessidades básicas atendidas, sobra espaço para dedicar tempo a interesses pessoais e fortalecer relações.
“Quando as responsabilidades diminuem e os direitos estão garantidos, a vida se torna mais leve”, afirma o filósofo Søren Harnow Klausen, da Universidade do Sul da Dinamarca.
Esse cenário, segundo especialistas, ajuda a explicar por que a Dinamarca é considerada não só o país mais feliz para os mais velhos, mas também um dos destinos mais atrativos para quem deseja envelhecer com qualidade de vida.