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Jovens estão morrendo após consumir essa nova bebida alcoólica do momento

Por Pedro Silvini
29/09/2025
Em Geral
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Alcoolismo

Alcoolismo (Reprodução/Getty Images)

Um surto de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol deixou duas pessoas mortas e pelo menos nove hospitalizadas em São Paulo em menos de um mês. Os casos foram confirmados pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) neste sábado (27/9).

As mortes ocorreram em São Bernardo do Campo e na capital paulista. Em comum, as vítimas ingeriram bebidas compradas em estabelecimentos que aparentavam ser legítimos. O cenário acendeu o alerta de autoridades de saúde e segurança, que investigam a origem da adulteração.

As investigações apontam que o metanol, um álcool industrial utilizado como solvente e combustível, estaria sendo adicionado a bebidas como gin, vodka e whisky.
Mesmo em pequenas quantidades, a substância é altamente tóxica e pode causar cegueira, convulsões, falência de órgãos e morte.

De acordo com o CVS, em São Paulo já foram confirmados seis casos de intoxicação e outros dez estão em investigação. A Secretaria Municipal da Saúde da capital registrou ainda 13 ocorrências suspeitas, das quais três pessoas permanecem internadas.

Sintomas vão além da “ressaca”

Os primeiros sinais da intoxicação costumam aparecer entre 12 e 24 horas após o consumo e podem ser confundidos com os de uma forte ressaca.
Médicos alertam, porém, para sintomas característicos:

  • Dor de cabeça intensa e persistente
  • Náuseas, vômitos e dor abdominal
  • Alterações visuais (visão turva, perda parcial ou total da visão)
  • Convulsões e confusão mental

“O metanol é convertido em ácido fórmico no organismo, que reduz a oxigenação das células e pode provocar acidose metabólica, quadro potencialmente fatal”, explica o oftalmologista Fábio Ejzenbaum, da Santa Casa de São Paulo.

Relatos dramáticos de sobreviventes

O estudante Diogo Marques sobreviveu após ingerir gin com energético em uma noite entre amigos. Horas depois, acordou sem conseguir enxergar.
“Abri os olhos e estava tudo preto, com uma dor de cabeça muito forte”, contou ao Fantástico. Internado, ele se recuperou, mas segue em acompanhamento médico.

Já sua amiga Rhadarani Domingos não teve a mesma sorte: ficou cega após beber três caipirinhas de vodca em uma festa. “Ela convulsionou na UTI e precisou ser intubada”, relatou a irmã.

Outro caso grave é o de Rafael, amigo de Diogo, internado há quase um mês em coma após diagnóstico de intoxicação por metanol. Segundo familiares, o quadro é irreversível.

Polícia e Ministério da Justiça em alerta

A Polícia Civil investiga os casos por meio das delegacias de São Bernardo do Campo e da Cidade Dutra, na zona sul da capital. Garrafas suspeitas já foram apreendidas em uma adega e encaminhadas para perícia.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Senacon, emitiu recomendações urgentes para bares, restaurantes, distribuidoras e aplicativos de delivery. O objetivo é desencorajar falsificadores e orientar o consumidorsobre sinais de adulteração.

“A recomendação é que a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando opções de origem duvidosa”, reforçou o CVS.

Especialistas falam em risco de surto epidêmico

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) classificou o cenário como de risco para um surto epidêmico, já que a contaminação ocorreu em contextos de consumo social — bares e festas — e não em populações de vulnerabilidade, como ocorria em episódios anteriores.

“A ingestão acidental ou intencional de metanol leva a intoxicações graves e potencialmente fatais. O cenário de adulteração é particularmente relevante para a saúde pública”, afirmou a pasta em nota.

Como se proteger

Autoridades recomendam atenção redobrada:

  • Verificar lacre de segurança, selo fiscal e rótulo da bebida
  • Desconfiar de preços muito abaixo do mercado
  • Em caso de sintomas após consumo, buscar atendimento médico imediato

A intoxicação por metanol pode evoluir rapidamente. O diagnóstico precoce é fundamental para reduzir sequelas e salvar vidas.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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