Quando pensamos em frio extremo, nomes como Antártida e Rússia vêm automaticamente à mente. Mas o planeta esconde outros territórios onde a neve, o gelo e os ventos cortantes fazem parte da rotina — alguns deles em locais pouco lembrados no imaginário popular.
De acordo com levantamento da Trading Economics, países como Groenlândia, Canadá, Islândia e Mongólia figuram entre os mais gelados do mundo, com médias anuais negativas que impressionam.
Groenlândia: gelo sem fim
Embora não seja um país independente, a Groenlândia, território autônomo da Dinamarca, lidera o ranking com uma média de –18,5 ºC. A imensa calota de gelo da ilha supera, sozinha, todos os glaciares europeus juntos. Ventos catabáticos e noites intermináveis moldam uma das regiões mais inóspitas do planeta.
Canadá: frio do Atlântico ao Ártico
Com média de –2,9 ºC, o Canadá ocupa posição de destaque no ranking. Dois terços do país estão em latitudes elevadas e cerca de 40% dentro do Círculo Polar Ártico. Em cidades das pradarias, os termômetros chegam facilmente a –40 ºC no inverno. No extremo norte, onde fica o assentamento mais setentrional do planeta, CFS Alert, o gelo nunca desaparece.
Rússia: o “pólo do frio” habitado
A Rússia, com média de –2,8 ºC, é famosa por sua Sibéria implacável. O vilarejo de Oymyakon já registrou –71,2 ºC, tornando-se o local habitado mais frio do mundo. Dois terços do território russo estão em zonas subárticas ou polares. Lagos congelados, rios solidificados e meses de neve definem a paisagem — e o estilo de vida.
Islândia e Mongólia: frio em contraste
A Islândia, apesar de estar parcialmente aquecida pela Corrente do Golfo, mantém média de 1,7 ºC. As geleiras cobrem parte da ilha, enquanto o calor geotérmico aquece casas e piscinas ao ar livre, criando um contraste único de fogo e gelo.
Já a Mongólia, com média próxima de –1,3 ºC em sua capital, Ulan Bator, ostenta o título de capital mais fria do mundo. O país enfrenta invernos severos com tempestades conhecidas como zud, que devastam rebanhos e desafiam a vida nômade.
A vida no frio extremo
Viver em locais como Oymyakon, Jakobshavn (Groenlândia) ou Fairbanks (Alasca) exige adaptações únicas: aquecimento constante nas casas, motores de carros ligados mesmo à noite e roupas próprias para enfrentar o congelamento.
Seja nas estepes da Mongólia ou nas aldeias do Ártico, a resistência humana segue desafiando os limites da sobrevivência em alguns dos ambientes mais hostis do planeta.