O Brasil inicia, esta semana, a maior mobilização militar de sua história com a Operação Atlas 2025. Sob a coordenação do Ministério da Defesa, mais de 10 mil militares foram deslocados para integrar as forças do Exército, Marinha e Aeronáutica.
O exercício acontece nas regiões estratégicas de Roraima e Amapá, perto das fronteiras com a Venezuela e Guiana, em meio ao aumento da presença militar dos Estados Unidos no Caribe, alegadamente para combater o tráfico de drogas.
As atividades principais começarão em 3 de outubro e têm previsão de término em 9 de outubro de 2025. A operação visa testar a prontidão das tropas brasileiras na Amazônia, região de importância estratégica. A movimentação inclui o posicionamento do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico pela Marinha, reforçando a capacidade defensiva do país.
Mobilização
O exercício da Operação Atlas envolve uma estrutura complexa de logística. O Exército Brasileiro mobilizou 105 organizações, incluindo viaturas, blindados e helicópteros.
A Aeronáutica participa com uma frota diversificada, enquanto a Marinha trouxe embarcações cruciais. O objetivo é preparar o terreno para a atuação coordenada das forças armadas em um ambiente amazônico desafiador, além de reforçar a segurança para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, que ocorrerá em Belém.
Tensão geopolítica na região
No contexto regional, a mobilização militar ocorre em um cenário de crescente tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela. A presença intensificada de forças dos EUA no Caribe contribui para uma atmosfera de incerteza nas regiões próximas.
Embora o Brasil declare que a Operação Atlas não esteja diretamente ligada a essas tensões, a iniciativa é vista por analistas como uma estratégia de preparação diante do instável quadro geopolítico.