Prepare o cobertor e a cadeira de praia: em novembro de 2031, o Brasil poderá assistir a um dos fenômenos astronômicos mais marcantes deste século. Trata-se da chuva de meteoros Leonídeas, que ocorre todos os anos em novembro, mas que desta vez tem chance de se transformar em uma tempestade meteorítica, com até 10 mil meteoros por hora riscando o céu.
Segundo simulações astronômicas, o pico deve acontecer entre os dias 17 e 18 de novembro de 2031, iluminando a madrugada com milhares de “estrelas cadentes”.
Os meteoros que extinguiram os dinossauros há 66 milhões de anos também vieram do espaço, mas em escala devastadora. A diferença é que, em 2031, os fragmentos não chegarão ao solo: vão se desintegrar na atmosfera, produzindo apenas um espetáculo luminoso.
As Leonídeas são causadas por detritos deixados pelo cometa 55P/Tempel-Tuttle, que orbita o Sol a cada 33 anos. Quando a Terra cruza essa trilha de partículas, elas entram na atmosfera a velocidades altíssimas, chegando a 71 km por segundo, criando riscos brilhantes visíveis em diversas partes do planeta.
Como observar
Para aproveitar o fenômeno, astrônomos recomendam procurar locais afastados das luzes urbanas. O ideal é começar a observação depois da meia-noite, quando a constelação de Leão — de onde parecem surgir os meteoros — já está alta no céu.
Não é necessário equipamento especial: basta ter paciência, permitir que os olhos se acostumem à escuridão e observar o céu a olho nu.
Expectativa global
A última tempestade meteorítica de grande intensidade ocorreu em 2002. Antes disso, em 1966, registros apontam que cerca de 100 mil meteoros por hora chegaram a ser vistos durante a noite.
Agora, a expectativa é que 2031 seja novamente um ano histórico para os amantes da astronomia, com o diferencial de que o fenômeno poderá ser amplamente registrado em vídeos e fotografias de alta qualidade.
