A pandemia de Covid-19 já não ocupa mais o mesmo espaço nas manchetes, mas o vírus segue em circulação e voltou a chamar atenção com novas variantes que se espalham pela Europa, especialmente no Reino Unido e na França. Entre elas estão a XFG, apelidada de Stratus ou “Frankenstein”, e a NB.1.8.1, chamada Nimbus.
Embora não haja evidências de que causem quadros mais graves do que variantes anteriores, os especialistas alertam que as recentes mutações podem aumentar as chances de infecção.
Os sinais da Covid continuam variados, mas algumas manifestações ganharam destaque nas novas cepas:
- Dor de garganta intensa, descrita por pacientes como “sensação de lâmina” ao engolir;
- Rouquidão ou voz áspera;
- Febre, dor de cabeça e fadiga;
- Sintomas semelhantes aos da gripe ou resfriado, como nariz entupido ou escorrendo e tosse persistente.
De acordo com o médico britânico Kaywaan Khan, que acompanha os casos de Stratus, a maioria dos sintomas é leve a moderada, mas ainda pode causar complicações em idosos e pessoas com imunidade fragilizada.
Situação na Europa
No Reino Unido, dados oficiais mostram um aumento de 14,3% nos casos em setembro em comparação às semanas anteriores. Embora o número de mortes por Covid em 2025 seja menor que no mesmo período de 2024 (79 contra 106), as hospitalizações voltaram a crescer.
Na França, a variante XFG se espalha rapidamente e tem sido apelidada de “Frankenstein” por especialistas, por ser resultado da combinação de diferentes subvariantes do coronavírus.
Vacinação e prevenção
As autoridades de saúde reforçam que a vacinação continua sendo a principal forma de proteção, mesmo contra variantes recém-identificadas. No Brasil, qualquer pessoa a partir de 5 anos podem receber gratuitamente a nova dose contra a Covid, além das vacinas contra gripe e vírus sincicial respiratório (RSV).
Ainda que a testagem gratuita já não seja amplamente disponível, farmácias e clínicas privadas seguem oferecendo testes rápidos e vacinas, com preços variando de acordo com o serviço.
Recomendações atuais
- Evitar contato com pessoas vulneráveis caso apresente sintomas;
- Usar máscara em locais públicos se estiver doente;
- Lavar as mãos com frequência e descartar lenços de papel após o uso;
- Manter-se hidratado e buscar alívio para a dor de garganta com líquidos mornos ou mel.
Os especialistas lembram que, assim como os vírus da gripe, o coronavírus deve continuar sofrendo mutações ao longo do tempo. O desafio, dizem, é conviver com a circulação do vírus sem negligenciar os cuidados, sobretudo em períodos de maior risco.