A proposta de flexibilização da jornada de trabalho para até 13 horas diárias na Grécia gerou forte indignação, resultando em uma greve geral em 1º de outubro. Os sindicatos gregos, abrangendo os setores público e privado, organizaram a paralisação em resposta ao projeto de lei.
A greve afetou sobretudo os transportes, como trens, balsas, metrôs e ônibus nas principais cidades do país, como Atenas e Tessalônica.
A proposta foi apresentada pelo governo grego como uma alternativa voluntária, válida por apenas 37 dias ao ano. O governo argumenta que a mudança oferece flexibilidade para empregadores e trabalhadores que desejam aumentar suas rendas.
No entanto, sindicatos se opõem firmemente, alegando que a medida poderá resultar em sobrecarga de trabalho e violação dos direitos laborais.
Reforma trabalhista controversa
O contexto econômico grego apresenta uma força de trabalho que, já sob pressão, frequentemente busca múltiplos empregos para complementar a renda. Dados da Eurostat indicam que os gregos trabalham, em média, mais de 1.886 horas por ano, liderando entre os países da União Europeia.
Ainda assim, os baixos salários obrigam muitos a buscar jornada dupla, um cenário que a nova medida irá institucionalizar para um único empregador.
Impacto no mercado de trabalho
A proposta de flexibilização está sendo discutida em um momento em que a população trabalhadora requer condições mais justas, como a redução da jornada semanal para 37,5 horas, em linha com outros países europeus.
Especialistas alertam que a ampliação para 13 horas diárias pode agravar situações de estafa, prejudicando tanto a saúde dos trabalhadores quanto a produtividade geral do país.