Na última terça-feira (30/09), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, presidiu uma reunião com os principais generais e almirantes norte-americanos, que estavam espalhados pelo mundo e foram convocados para uma base no estado da Virgínia sem explicação. De acordo com a CNN, o republicano disse que usaria o evento para dizer a esses comandantes que eles são “amados”. “Quero dizer aos generais que os amamos, eles são líderes queridos, que são fortes, firmes, inteligentes”, afirmou Trump em entrevista para a agência Reuters.
Mas o tom do evento passou longe de ser tão “amoroso”.
Trump declara que cidades serão “campos de treinamento”
Entre as declarações polêmicas de Trump, uma delas é de que cidades dos Estados Unidos seriam usadas pelas Forças Armadas como “campos de treinamento”. Em discurso “incomum”, como descreve matéria da BBC, o republicano afirmou que existiam “distúrbios civis” e um “inimigo interno”. Ele criticou cidades administradas pelo Partido Democrata, como Nova York, Chicago e San Francisco e afirmou aos líderes que usaria forças militares para “aplicar a lei”. “São lugares muito inseguros e vamos resolvê-los um por um”, declarou o presidente.
“É uma guerra interna. Controlar o território físico das nossas fronteiras é essencial para a segurança nacional. Não podemos deixar essas pessoas entrarem”, acrescentou.
As declarações vêm pouco tempo depois de Trump enviar tropas da Guarda Nacional para Washington D.C., Los Angeles e Portland, sob a justificativa de reforçar fiscalização contra imigrantes ilegais e de reprimir crimes. “O governador de Illinois, J.B. Pritzker (Partido Democrata), acusou Trump de usar tropas militares e o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) para ‘invadir e perturbar’ cidades dos EUA”, conta a BBC.