A digitalização de documentos é uma tendência global, e no Brasil não é diferente. A Carteira Nacional de Habilitação em formato digital (CNH-e) já está disponível há alguns anos e vem sendo adotada por milhões de motoristas. Mas uma dúvida comum persiste: será que a versão física deixará de existir em breve?
De acordo com o artigo 159 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a CNH digital tem o mesmo valor jurídico da versão impressa. Ou seja, em abordagens policiais, fiscalizações ou consultas oficiais, o motorista pode apresentar apenas o documento eletrônico, desde que ele esteja no aplicativo oficial Carteira Digital de Trânsito (CDT) e atualizado.
Vale ressaltar que prints de tela ou aplicativos não oficiais não têm validade. A CNH digital só é aceita quando exibida pelo app autorizado, que permite verificação por QR Code.
Vantagens da versão eletrônica
A CNH digital trouxe praticidade para os motoristas:
- Documento sempre acessível no celular, sem risco de esquecimento.
- Alertas sobre vencimento da habilitação.
- Integração com outros documentos, como o CRLV digital.
- Possibilidade de compartilhamento seguro dos dados quando necessário.
Precauções necessárias
Apesar das vantagens, confiar apenas na versão digital exige alguns cuidados:
- Bateria do celular: se o aparelho descarregar durante uma abordagem, o motorista não conseguirá apresentar o documento, o que pode resultar em multa.
- Conectividade: em algumas situações, pode ser necessário acesso à internet para validar os dados.
- Segurança: manter o app e o sistema do celular atualizados é essencial para evitar problemas.
Por isso, especialistas recomendam que motoristas carreguem um powerbank ou, quando possível, mantenham a versão física como contingência.
A CNH física vai acabar?
Apesar da popularização da CNH digital, não há previsão de extinção da versão impressa. Ela continua sendo emitida normalmente e deve coexistir com a digital por muitos anos, especialmente em razão das desigualdades de acesso à internet e às tecnologias em várias regiões do país.
A tendência é que, gradualmente, a versão digital ganhe cada vez mais espaço. No entanto, até que haja inclusão tecnológica plena, o documento físico seguirá indispensável para muitos motoristas.