“Paz” e “Donald Trump” são dois termos que não aparecem com frequência na mesma frase, mas, acredite se quiser, o presidente dos Estados Unidos pode ser uma peça decisiva para o fim da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. As duas partes retomaram negociações nesta segunda-feira (6), no Egito, perto do conflito completar dois anos.
Dessa vez, as negociações vão girar em torno de um plano de paz elaborado por Trump, que delineia termos para a paz entre os dois lados, incluindo a libertação de todos os reféns israelenses levados pelo Hamas em outubro de 2023. Os Estados Unidos será o mediador dessas negociações.
Israel aceitou todas as medidas da proposta de Trump, mas o Hamas, grupo extremista palestino, aceitou apenas três dos 20 pontos:
- libertar de uma vez todos os reféns israelenses;
- entregar o poder em Gaza a tecnocratas; e
- retirada gradual das tropas israelenses.
Entrevistado pela agência de notícias Reuters, um oficial palestino declarou ter dúvidas quanto às chances de um acordo. De acordo com essa fonte, o Hamas e outras facções palestinas temem que Israel deixe de cumprir suas partes no acordo assim que recuperar os reféns. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, já declarou que não vai cumprir nenhum termo do acordo até todos os 50 reféns israelenses voltarem para Israel.
Trump está fazendo campanha para Nobel da paz
O presidente dos Estados Unidos vem reafirmando em mais uma ocasião que está ajudando a acabar com guerras e até declarou que seria um “grande insulto” se ele não ganhasse o Nobel da Paz. Quatro presidentes do país já receberam o prêmio: Theodore Roosevelt, Woodrow Wilson, Jimmy Carter e Barack Obama.