Uma alternativa prática e mais protegida ao guarda-sol tradicional tem ganhado espaço — e agora também apoio oficial. Barracas pop-up, leves e de montagem imediata, são apontadas por fabricantes e pela Prefeitura do Rio como solução para dar mais conforto e organização à orla sem perder a mobilidade dos ambulantes.
As barracas pop-up destacam-se pela montagem automática e pela combinação de proteção e praticidade. Entre as características técnicas mais repetidas em fornecedores e em protótipos já testados estão:
- montagem em segundos por hastes de fibra de vidro e estrutura autodesdobrável;
- capacidade para acomodar de quatro até seis pessoas, com área aproximada de 3 × 3 m e altura de 1,9 m;
- material com proteção UV e tratamento para resistência a chuvas leves;
- mosquiteiro integrado e divisória interna para privacidade;
- peso reduzido (cerca de 3,7 kg) e bolsa de transporte;
- versões em cores neutras e vibrantes para se adaptar ao visual da praia.
Por oferecer abrigo ao mesmo tempo contra sol, vento e insetos, o produto é anunciado como alternativa ao guarda-sol, toldos e gazebos, além de servir para acampamentos, piqueniques e outros usos ao ar livre.

Prefeitura do Rio testa protótipo para barraqueiros
No sábado (6), a Prefeitura do Rio apresentou em Copacabana um protótipo de barraca de praia que deve ser entregue aos comerciantes cadastrados da orla. O equipamento foi desenvolvido pela concessionária Orla Rio, em projeto assinado pelo arquiteto Pedro Évora e pelo designer Marcus Wagner, e passará por um mês de testes com a participação dos próprios barraqueiros.
A iniciativa integra o decreto municipal nº 56.160, publicado em maio, que estabeleceu critérios para o ordenamento da faixa litorânea, com regras de funcionamento e fiscalização. O objetivo, segundo a administração, é conciliar a atividade econômica dos ambulantes com a preservação estética e a organização da orla.
Em paralelo, a Prefeitura instalou sensores de medição de ruído em 117 dos 309 quiosques sob gestão da Orla Rio. Os sensores captam os níveis sonoros e enviam os dados ao Centro de Operações, ferramenta que deverá ajudar a fiscalizar o cumprimento dos limites para apresentações musicais e som — autorizados, conforme a nova normativa, somente entre meio-dia e 22h.
“É uma atitude muito importante da Orla Rio, essa coisa da autofiscalização. Não dá para a prefeitura ser babá de todo mundo”, afirmou o prefeito Eduardo Paes ao apresentar as medidas.
A fase inicial do projeto inclui quiosques de Copacabana e Leme, com previsão de expansão para Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca e Recreio.
Prós, logística e o que vem pela frente
A adoção de barracas pop-up traz vantagens claras: proteção solar mais eficaz que muitos guarda-sóis, privacidade e barreira contra insetos. A instalação rápida e o peso reduzido facilitam o uso por ambulantes e famílias. O design, segundo a orla, foi pensado para “não descaracterizar” a estética carioca.
Entre os desafios estão a padronização dos modelos distribuídos, a logística de entrega e manutenção pelas concessionárias e a eventual resistência de frequentadores acostumados ao guarda-sol tradicional. A proposta terá de passar pela fase de avaliação com barraqueiros antes de uma adoção mais ampla — o que, nos próximos meses, deverá indicar se as barracas se consolidam como substituto real ou se ficarão restritas a alguns trechos e usos específicos.