Logo após retornar para a Casa Branca, o presidente reeleito Donald Trump está colocando em ação suas promessas e uma delas é a chamada ‘deportação em massa’ de imigrantes que estão ilegais nos Estados Unidos. Na última sexta-feira, chegou ao Brasil o segundo avião no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, com os primeiros brasileiros deportados.
Na aeronave, estavam 88 brasileiros, sendo o segundo com deportados com destino a Confins neste ano. No dia 10 de janeiro, mesmo com a gestão do democrata Joe Biden, chegaram 100 pessoas a bordo. Durante essas movimentações, que envolveram outros países como a Colômbia e o México, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, usou as redes sociais para confirmar que cerca de 538 imigrantes ilegais, de diferentes origens, já foram presos desde a posse de Trump.
Entenda melhor como está sendo a deportação em massa dos Estados Unidos
De acordo com as informações da porta-voz americana, essa lista de presos são imigrantes suspeitos de terrorismo, quatro integrantes da gangue Tren de Aragua e outros indivíduos condenados por crimes sexuais contra menores. Na publicação, ela disse: “centenas de imigrantes ilegais já foram deportados em aeronaves militares”, marcando o início do que ela chamou de “a maior operação de deportação em massa da história”.
Mas, o que está chamando ainda mais atenção das autoridades brasileiras são os relatos dos brasileiros e o tratamento que tiveram nesse processo. O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo, Ricardo Lewandowski, chamou de inadmissível a forma como os brasileiros foram tratados, alegando agressões e tratamento degradante por parte de agentes de imigração americanos responsáveis pelo voo de volta ao Brasil.
“Não queremos provocar o governo americano até porque a deportação está prevista num tratado que já vige há vários anos. Mas obviamente tem de ser feita com respeito aos direitos fundamentais das pessoas”, afirmou o ministro.