Depois da Superlua que iluminou o início de outubro, o céu reserva outro espetáculo imperdível: a chuva de meteoros Oriônidas, que alcança seu pico de atividade na madrugada de 21 de outubro. O fenômeno é causado por fragmentos deixados pelo cometa Halley, o mais famoso do Sistema Solar.
As Oriônidas estão ativas desde o dia 2 de outubro e seguem até 7 de novembro, mas é no dia 21 que a taxa de meteoros por hora pode chegar a 20, tornando-se uma das chuvas mais intensas do segundo semestre.
No Brasil, o melhor horário para observar as Oriônidas será entre 1h e 5h da manhã, quando o ponto radiante da chuva — localizado na constelação de Órion, próxima à estrela Betelgeuse — estará mais alto no céu.
Para aumentar as chances de ver o espetáculo, astrônomos recomendam procurar locais com pouca poluição luminosa, como praias, campos ou áreas rurais. Não é necessário telescópio: basta olhar para o céu aberto e ter paciência — os meteoros podem surgir em qualquer direção, ainda que pareçam partir de Órion.
A Lua nova, que ocorre justamente na semana do pico, vai ajudar a deixar o céu mais escuro, favorecendo a observação.
O que são as Oriônidas
As Oriônidas são formadas quando a Terra cruza a trilha de poeira deixada pelo cometa 1P/Halley, que completa uma órbita ao redor do Sol a cada 75 ou 76 anos — e voltará a ser visível da Terra apenas em 2061.
Ao entrar na atmosfera terrestre a cerca de 66 km por segundo, os fragmentos se incendeiam e produzem os traços luminosos conhecidos como “estrelas cadentes”. Alguns meteoros podem até deixar rastros persistentes ou se transformar em bolas de fogo, visíveis por vários segundos.
Dicas para aproveitar o espetáculo
- Melhor horário: entre 1h e 5h da manhã de 21 de outubro.
- Melhores regiões: locais escuros e com horizonte aberto, longe das luzes das cidades.
- Equipamento: nenhum — a observação é a olho nu.
- Aplicativos úteis: Star Walk 2, Sky Tonight, SkyView e Stellarium ajudam a localizar a constelação de Órion.
Outras chuvas de outubro
Além das Oriônidas, o mês ainda conta com outros eventos menores, como as Dracônidas e as Táuridas do Sul. Estas últimas, formadas por detritos do cometa Encke, têm chance de gerar bolas de fogo coloridas entre os dias 19 e 29 de outubro.
Mas entre todas, as Oriônidas prometem ser o ponto alto — uma oportunidade rara de ver, a olho nu, os rastros luminosos deixados por um cometa que fascina a humanidade há séculos.