Na sexta-feira passada (10), o Ministério da Saúde emitiu um alerta nacional relativo ao aumento dos casos de sarampo no Brasil. Em 2025, foram 34 casos registrados da doença, com os estados do Tocantins, Maranhão e Mato Grosso tendo chegado a entrar em situação de surto. A pasta reforçou a importância da vacinação contra a doença e de manter-se a vigilância em relação a possíveis infecções.
Desses 34 casos registrados, nove são de pessoas que voltaram do Brasil já infectadas e três têm um sequenciamento genômico compatível com variantes que circulam fora do país. Locais como os Estados Unidos vivem um surto de sarampo e, quando brasileiros viajam para lá, acabam se infectando. Em março deste ano, os Estados Unidos registraram a primeira morte por causa da doença em dez anos.
Consultada pelo O Dia, a pediatra Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), destaca que o cenário é motivado por uma cobertura vacinal desigual pelo país. “Você pode ter 95% (de cobertura vacinal) em um lugar, mas 10% em outro, por exemplo. Então, nesses municípios em que a cobertura é baixa, os casos vão surgindo até que você perde o controle”, explica a pediatra.
O esquema da vacina contra o sarampo conta com duas doses, a primeira aos 12 meses de idade e a segunda, aos 15 meses. É utilizada a vacina tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola. O imunizante está disponível gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e conta com eficácia de 98%.
Quais os sintomas de sarampo?
De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, os sintomas iniciais são:
- febre acompanhada de tosse;
- irritação nos olhos;
- nariz escorrendo ou entupido;
- falta de apetite;
- mal-estar intenso.
Com o passar dos dias, podem surgir outros sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que depois se espalham pelo corpo.