A produção local ainda não reduziu os custos de aquisição de carros no Brasil, principalmente devido à elevada carga tributária. Mesmo com fabricação interna, o Brasil enfrenta tributos que podem atingir 44% do valor de um veículo. Isto é contrastante com países como os Estados Unidos e o Japão, onde as taxas são significativamente menores.
O impacto dessas taxas afeta diretamente o consumidor brasileiro. A taxação no Brasil inclui IPI, ICMS, PIS e Cofins, o que encarece o preço final dos carros. O famoso “Custo Brasil” agrava ainda mais a situação, elevando custos de produção e logística, especialmente devido à forte dependência do transporte rodoviário no extenso território nacional.
Além disso, as flutuações cambiais influenciam os preços dos componentes importados, adicionando volatilidade ao custo. Mesmo com produção nacional, qualquer variação no câmbio pode repercutir no valor final, dificultando a redução de custos para o consumidor. Isso pode afetar marcas famosas, como a BYD, que já conta com fábrica no Brasil.
Inovações
Desde 2014, a indústria automotiva no Brasil se adequou a novas exigências de segurança, incluindo airbags e freios ABS. Essas regulamentações elevaram o custo de produção, mas também aprimoraram a segurança dos veículos.
Consequentemente, aumentaram os preços dos automóveis nacionalmente. A transição das montadoras para a produção de SUVs e modelos mais caros visou compensar esses custos, reduzindo a oferta de modelos populares e direcionando a demanda para o mercado de usados.
As montadoras implementam estratégias financeiras como a importação de módulos, buscando mitigar o impacto da carga tributária. Esta prática ajuda a controlar os custos operacionais, permitindo alguma estabilidade nos preços sem transferir aumentos excessivos para o consumidor. No entanto, sem reformas tributárias substanciais, as perspectivas de preços mais acessíveis permanecem distantes.