O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) interrompeu temporariamente o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB) em 15 de outubro. A suspensão ocorreu devido à falta de recursos no orçamento, como informou Gilberto Waller Junior, presidente do INSS.
A decisão teve impacto nacional e ameaça agravar ainda mais a lista de espera dos benefícios previdenciários, que atualmente soma 2,63 milhões de solicitações pendentes.
O PGB, instituído em abril de 2025 e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro do mesmo ano, tinha como objetivo principal acelerar a análise de pedidos de aposentadorias e auxílios, oferecendo bônus aos servidores e peritos médicos.
Com o orçamento inicial já esgotado, o programa foi pausado para evitar complicações administrativas adicionais. A suspensão coloca em risco um programa governamental essencial, altamente dependente de financiamento adequado.
Riscos
A suspensão do PGB representa um risco imediato para o sistema previdenciário do INSS. A falta de bônus reduz o incentivo para que servidores acelerem a análise de pendências, comprometendo a capacidade do INSS de operar eficientemente.
A população, especialmente aposentados, pensionistas e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), é a mais afetada, uma vez que muitos dependem desses recursos como principal fonte de renda.
As filas de espera já são prolongadas. Em março de 2025, o estoque de pedidos chegou a 2,7 milhões. Sem intervenção, o número de solicitações pode atingir 3 milhões, elevando o risco de um colapso operacional.