A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou em maio de 2025 o patamar de temperatura considerado febre em crianças, ajustando-o de 37,8°C para 37,5°C. Esta mudança alinha-se com diretrizes internacionais e busca redefinir o entendimento sobre a febre. O novo parâmetro considera febre qualquer temperatura a partir de 37,5°C medida na axila, ou 38°C por via oral ou retal.
A revisão acata novas interpretações científicas sobre febre enquanto a resposta do organismo a agressões externas. Historicamente vista como sintoma preocupante, a febre é agora reconhecida como um mecanismo de defesa natural, que acelera reações imunológicas.
O uso de termômetros digitais é recomendado para medir a temperatura de forma precisa, pois métodos infravermelhos demandam habilidade específica.
Febrefobia
A alteração do critério não visa apenas diagnósticos clínicos, mas também combater a chamada “febrefobia”. Este termo descreve a ansiedade dos responsáveis ao perceberem a febre como indício de enfermidades severas, levando a consultas muitas vezes desnecessárias.
Interpretar corretamente o estado geral da criança tornou-se crucial para evitar tratamentos excessivos e inapropriados.
Quando buscar assistência médica
Apesar das novas diretrizes, nem toda febre exige intervenção médica imediata. É essencial avaliar o estado geral da criança. Situações que requerem atenção incluem sintomas severos como sonolência excessiva, dificuldade respiratória e febres persistentes ou acima de 39,5°C.
Crianças com doenças crônicas ou menores de três meses necessitam de cuidados mais rigorosos.
Monitorar com atenção, garantindo hidratação adequada e um ambiente confortável, representa o melhor cuidado para crianças com febre. O uso de antitérmicos deve ser reservado para casos de desconforto significativo. Automedicação sem orientação médica pode ocasionar riscos desnecessários.