Esta semana, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB), Ibaneis Rocha (MDB) sancionou uma lei para criar o “Dia da Memória das Vítimas do Comunismo” no calendário oficial do Distrito. A data será celebrada no dia 4 de junho.
O texto estabelece que “na semana da data comemorativa, o poder público pode organizar atividades que proporcionem reflexão acerca dos danos à humanidade causados pelas ditaduras comunistas ao longo da história”.
A Câmara Legislativa do DF aprovou o projeto com 16 votos a favor e cinco contra. O autor do projeto, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL) afirmou que o objetivo é “gerar reflexão na sociedade do Distrito Federal por todas as mortes causadas por regimes baseados nessa ideologia, de modo que, de nenhuma maneira, o Brasil seja alcançado por esse mal”.
A data do 4 de junho é uma referência ao Massacre da Praça da Paz Celestial, quando o governo chinês deprimiu durante manifestações populares em 1989, deixando centenas de mortos e feridos (não existem números oficiais e as estimativas variam bastante, entre 400 até 2,6 mil mortos).

Membro do governo pediu demissão depois de aprovação da lei
Bartolomeu Rodrigues, chefe da Assessoria Institucional do governo, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (24) e afirmou que a aprovação dessa lei foi o principal motivo. Na carta, ele classificou a lei como revisionismo histórico, afirmando que ela cria fantasmas enquanto ignora vítimas reais de regimes ditatoriais no Brasil: as vítimas da ditadura militar, como o jornalista Vladimir Herzog.
“Há 50 anos, ele foi uma das milhares de vítimas de uma ditadura militar que, em nome do ‘anticomunismo’, institucionalizou a tortura como política de Estado”, afirma trecho da carta. Ele concluiu a carta afirmando que vai lugar pela revogação da lei, mesmo fora do governo do Distrito Federal.




