É isso mesmo que você leu. Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) descobriram recentemente que o veneno de marimbondo pode ajudar a retardar o avanço do Mal de Alzheimer, doença neurodegenerativa que, infelizmente, ainda não tem cura. O estudo foi coordenado pela professora Luana Cristina Camargo, do Instituto de Psicologia da UnB.
Mas antes que você saia por aí tentando fazer o seu parente com Alzheimer ser picado por um marimbondo, não é tão simples. Não é o veneno de marimbondo em si que pode ajudar a tratar a doença, mas sim um composto presente nele, um peptídeo chamado Octovespina.
Os cientistas descobriram que a Octovespina atua sobre o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro, uma das principais causas do Alzheimer. Ajudando a diminuir o acúmulo da proteína, a substância ajuda a reduzir os efeitos nocivos dela sobre os neurônios, combatendo o avanço da doença.
De acordo com a Revista 40 Graus, a pesquisa ainda em fase pré-clínica e eles devem avançar para testes com pacientes nos próximos anos, usando um fármaco baseado nessa substância do veneno de marimbondo. Apesar dos resultados empolgantes, eles destacam que o uso terapêutico da Octovespina ainda depende de testes clínicos e avaliações para ser determinado sua eficiência e segurança.
O projeto conta com financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e apoio do governo federal, com um investimento de R$ 1,1 milhão para a continuidade da pesquisa.
O que causa o Mal de Alzheimer?
Segundo o blog do hospital Albert Einstein, ainda não existe um consenso do que causa a doença, mas existem alguns fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida mais associados ao seu surgimento, como idade, histórico familiar, tabagismo, etc.




