A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso do pó para preparo de café Fellow Criativo, da marca Cafellow. A decisão foi publicada nesta terça-feira (28) no Diário Oficial da União e tem efeito imediato em todo o país.
Segundo a Anvisa, o produto continha extrato do cogumelo Agaricus bisporus, ingrediente não avaliado quanto à segurança de uso em alimentos no Brasil. A presença da substância foi o principal motivo para a suspensão.
Além disso, o órgão regulador apontou irregularidades na rotulagem e na propaganda do café. O material de divulgação incluía alegações não aprovadas, como supostos benefícios para o “controle de insulina” e a “redução do colesterol”, sem comprovação científica reconhecida.
“O rótulo contém informações que podem causar erro e confusão em relação à natureza do produto, podendo levar o consumidor a entender que se trata de café”, afirmou a agência em nota oficial.
Produto será recolhido
Com a decisão, todas as unidades do Fellow Criativo devem ser retiradas do mercado. A empresa responsável também está proibida de divulgar ou distribuir o produto até que uma nova análise seja concluída. Caso descumpra as determinações, a marca pode sofrer sanções administrativas e multas.
A Anvisa reforça que qualquer alegação de propriedades funcionais ou de saúde em alimentos precisa de aprovação prévia, com base em evidências científicas sólidas.
Contexto: combate aos “cafés adulterados”
A proibição ocorre meses após uma série de ações conjuntas entre a Anvisa e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para combater a venda de cafés irregulares no país.
Em maio e junho de 2025, a operação batizada de “Café Fake” identificou diversas marcas com impurezas e toxinasimpróprias para consumo, como a ocratoxina A (OTA). Entre as empresas autuadas estavam Melissa, Pingo Preto e Oficial, todas com produtos suspensos e recolhidos.




