As mudanças climáticas estão delineando um futuro distinto para o Deserto do Saara e a Floresta Amazônica. Pesquisas recentes da Universidade de Illinois em Chicago indicam que, até o final do século, o Saara poderá registrar um aumento de 75% em sua precipitação anual, potencialmente transformando a paisagem do deserto.
Em contraste, a Amazônia enfrenta o risco de desertificação, alertando para a perda de biodiversidade e implicações sérias para seus habitantes.
Futuro de chuvas
Estudos climáticos sugerem que o Saara, conhecido por suas condições áridas, pode experimentar um aumento significativo nas chuvas. A quantidade de precipitação pode quase dobrar, alcançando níveis inéditos até o final do século.
Essa mudança é atribuída ao aquecimento atmosférico, que altera a circulação atmosférica e aumenta a capacidade do ar de reter umidade. Os impactos desse novo clima podem afetar diretamente o ecossistema da região e suas populações.
Impactos nas comunidades locais
O aumento da umidade no Saara não ocorre sem desafios. As alterações nos padrões de precipitação exigirão adaptações significativas em agricultura e infraestrutura, abordando riscos de inundações e a necessidade de desenvolver colheitas resistentes à nova realidade climática.
Simultaneamente, a Amazônia está sob ameaça de desertificação. Um estudo da revista Nature indica que até 2050, a floresta pode alcançar um ponto de não retorno, expondo uma parte significativa de sua área a riscos ecológicos sérios. O aumento das temperaturas globais, associado a mudanças no regime de chuvas e o desmatamento, apresenta um quadro urgente para a preservação do bioma.
Papel da poeira do Saara
Curiosamente, a Amazônia se beneficia de minerais transportados pela poeira do Saara. Esta poeira, rica em nutrientes como fósforo e potássio, auxilia na fertilização dos solos amazônicos, especialmente após queimadas.
Contudo, a extensão do impacto dessa fertilização no processo de recuperação da floresta é complexa e requer investigação contínua.




