O governo federal confirmou que o novo salário mínimo nacional será de R$ 1.631 a partir de 1º de janeiro de 2026, conforme previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional. O reajuste representa uma alta de 7,44% em relação ao piso atual, de R$ 1.518.
Apesar de entrar em vigor já no primeiro dia do ano, o novo valor será sentido no bolso dos trabalhadores apenas em fevereiro, quando ocorre o pagamento referente ao mês de janeiro.
O cálculo do reajuste considera a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), projetada em 4,78%, além de um ganho real de 2,5%, conforme as regras de valorização do mínimo em vigor. O texto ainda será votado pelo Congresso em dezembro, mas a expectativa do governo é de que seja aprovado sem grandes alterações.
Impacto para trabalhadores e aposentados
O aumento do salário mínimo afeta diretamente os rendimentos de trabalhadores formais e beneficiários da Previdência Social, já que aposentadorias, pensões e auxílios vinculados ao piso nacional serão reajustados automaticamente.
De acordo com estimativas da equipe econômica, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera impacto de cerca de R$ 420 milhões nas contas da Previdência, elevando as despesas totais do sistema em aproximadamente R$ 84 bilhõesem 2026.
Além disso, o novo valor influencia contribuições ao FGTS, seguro-desemprego, abono salarial e faixas do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), afetando também servidores públicos.
Contexto econômico e orçamentário
O PLOA 2026, que prevê o reajuste do mínimo, também projeta um crescimento do PIB de 2,44% e fixa o limite de despesas primárias em R$ 2,428 trilhões. O governo trabalha com um cenário de contenção fiscal, em linha com o novo arcabouço aprovado em 2023, que limita aumentos reais de gastos públicos.
Caso o texto seja aprovado sem alterações, o valor de R$ 1.631 entrará em vigor oficialmente no primeiro dia de 2026, com os primeiros pagamentos ocorrendo em fevereiro.




