O furacão Melissa atingiu a Jamaica na terça-feira passada (28/10), tendo sido considerado o pior furacão a atingir o país caribenho neste século. O Melissa também atingiu outros países na região do Caribe, como Cuba. Apesar de não ter efeitos tão diretos aqui no Brasil, o fenômeno também tem seus impactos sobre o clima do nosso país.
Segundo a Climatempo, a combinação do fenômeno La Niña, no Pacífico, e o aquecimento acima do normal do Atlântico Tropical criam uma rede de “instabilidades atmosféricas”, que se refletem no clima da América do Sul, como Colômbia, Venezuela e Brasil, principalmente no Norte do país.
Essas anomalias climáticas fortalecem a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), uma faixa de nuvens que regula as chuvas nessas regiões. O resultado é que o Norte brasileiro deve ter chuvas mais intensas e frequentes nas próximas semanas, acompanhadas de ventos fortes e ressacas no litoral norte.
Gaúchos que estavam em país atingido pelo Furacão Melissa voltam ao Brasil
19 gaúchos da cidade de Tramandaí e mais dois da capital Porto Alegre estavam visitando o país caribenho, quando ele foi atingido pelo furacão. Quando chegou à Jamaica, o Melissa estava classificado como de categoria 5, a mais alta na escala que mede intensidade desse tipo de fenômeno. O fenômeno matou pelo menos 49 pessoas, atingiu ventos de até 300 km/h e ondas de quatro metros.
Depois de ficarem presos no pais, o grupo finalmente conseguiu voltar ao Brasil na noite de segunda-feira (3). “Nem tenho palavras para dizer, foi a pior coisa. Agora, sim, a gente acredita que está tudo bem. Porque, com o furacão, tu não sabe se você vai voltar a ver a tua família”, contou Janice Machado de Souza, esposa de Paulo, um dos turistas que estava na Jamaica, ao g1.




