Ir ao mercado está sendo algo desafiador para o brasileiro, que continuamente se depara com reajustes nos produtos, afetando o poder de compra de itens básicos. Para piorar o cenário, o café ficará mais caro e o consumidor precisa preparar o bolso, pois foi anunciado que os grãos de café arábica, que é a maior parte da produção global, ultrapassou US$ 3,44 a libra (0,45 kg), em dezembro de 2024, algo que fará aumentar em 80% em 2025 para o consumidor final.
O motivo dessa alta é porque os comerciantes de café esperam que as safras diminuam depois que os dois maiores produtores do mundo, que é no caso do Brasil e o Vietnã. Ambos países passaram por fenômenos climáticos extremos, como secas e inundações, influenciando nas safras do ano passado. Além disso, a popularidade do café teve uma ascensão, fazendo com que as pessoas queiram consumir cada vez mais a bebida.
O consumo de café continua crescendo em diversos países, impulsionado por mudanças nos hábitos de consumo e pelo aumento da população. Essa maior demanda encontra uma oferta menor, pressionando os preços para cima.
Entenda como as mudanças climáticas afetam o preço do café
Em Minas Gerais, houve um recorde na produção de café em 2020, mas, desde então, o estado passou por mudanças drásticas no clima e enfrentou secas. Inclusive, em 2021, foi atingido por geadas, o que baixou as temperaturas em um nível alto, comprometendo as colheitas de 2022.
Em 2023, houve uma melhora, mas em 2024, a seca novamente se tornou um grande vilão para todos os produtores de café da região.“O impacto que vai ter na safra de 2025 é muito grande, começa agora já a 30%, 35% de impacto, pelo menos. E pode piorar dependendo da situação climática”, contou Alexandre Pedrosa, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé ao Fantástico.