O Banco do Brasil emitiu um alerta de segurança para clientes — especialmente empresas e empreendedores — sobre o golpe da “Falsa Central”, uma fraude que tem se tornado cada vez mais comum no país. Nela, criminosos se passam por funcionários do banco e usam técnicas sofisticadas para induzir vítimas a fornecer dados confidenciais ou autorizar transações indevidas.
Segundo análise recente do Banco Central e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), 26% dos brasileiros foram vítimas de golpes financeiros nos dois anos anteriores à pesquisa. O levantamento mostrou ainda que pessoas com maior renda e acesso à internet são as mais vulneráveis, o que reforça o alerta para clientes corporativos e usuários de serviços digitais.
Os golpistas entram em contato com as vítimas por telefone ou WhatsApp, mascarando o número para que pareça ser o da central oficial do Banco do Brasil. Fingindo ser um “gerente de segurança”, o criminoso alega ter identificado uma movimentação suspeita na conta do cliente e afirma que é necessário “reverter” ou “cancelar” uma transação.
Durante a conversa, o fraudador solicita que o cliente instale aplicativos, digite senhas, baixe módulos de segurança ou até libere acesso remoto ao computador ou celular — momento em que o golpe se concretiza.
“Esses criminosos exploram o medo do consumidor de perder dinheiro. Usam termos técnicos, falam com autoridade e até imitam o padrão de atendimento do BB para parecerem legítimos”, explica um especialista em cibersegurança.
O objetivo é simples: gerar pânico e sensação de urgência, levando o cliente a agir sem refletir e acabar entregando o controle da conta ao golpista.
O que o Banco do Brasil faz — e o que nunca faz
O Banco do Brasil reforça que pode, sim, entrar em contato para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicita a instalação de aplicativos, compartilhamento de senhas, tokens, códigos ou atualizações de segurança.
Confira o que o Banco do Brasil nunca faz:
- Pedir que o cliente instale programas ou aplicativos;
- Solicitar senhas, tokens ou códigos de autenticação;
- Pedir para atualizar módulos de segurança;
- Solicitar acesso remoto ao computador ou celular.
Se qualquer uma dessas ações for solicitada, é golpe. A recomendação do banco é encerrar imediatamente a ligação e entrar em contato direto com o gerente ou canais oficiais de atendimento.
Como se proteger
Especialistas reforçam que a melhor defesa é a informação e a calma. Ao receber uma ligação suspeita, nunca siga instruções de instalação de programas ou compartilhe dados pessoais. Em caso de dúvida, desligue e ligue de volta para os canais oficiais do Banco do Brasil.
A conscientização é a principal aliada contra esse tipo de fraude, que vem crescendo junto ao aumento da digitalização dos serviços bancários. Com atenção e atitudes simples, é possível evitar prejuízos e manter a segurança financeira.




