Em 13 de outubro de 2008, a adolescente Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, foi sequestrada e mantida em cárcere privado pelo ex-namorado Lindemberg Alves, então com 22 anos, em Santo André (SP). O crime durou mais de cem horas e teve ampla cobertura ao vivo da imprensa. O sequestro terminou tragicamente com a morte de Eloá após a invasão do apartamento pela polícia.
No início do cativeiro, Eloá estava acompanhada dos amigos Nayara Rodrigues, Victor Lopes e Iago Vieira, que haviam se reunido para fazer um trabalho escolar. Os dois rapazes foram libertados ainda no primeiro dia. Nayara chegou a ser liberada, mas voltou ao apartamento por um erro da operação policial e acabou sendo baleada no rosto.
O documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo”, dirigido por Cris Ghattas e produzido por Veronica Stumpf (Paris Entretenimento), busca reconstituir os acontecimentos com base em depoimentos de familiares, amigos e jornalistas que acompanharam o episódio, além de trechos inéditos do diário da adolescente.

Segundo as realizadoras, o objetivo é “ouvir todos os lados com imparcialidade, para promover uma reflexão ampla sobre o caso”. A narrativa aborda não apenas o crime, mas também a intensa exposição midiática e as falhas na condução das negociações.
Embora seja peça central da história, Nayara Rodrigues optou por não participar das entrevistas do documentário. A produção informou que ela foi convidada, mas recusou o convite. Desde o crime, Nayara leva uma vida reservada e evita falar publicamente sobre o ocorrido.
Condenação e legado
Lindemberg Alves foi condenado pela morte de Eloá e por outros 11 crimes, somando 98 anos e 10 meses de prisão.
A história de Eloá permanece como um dos episódios mais marcantes da crônica policial brasileira e segue gerando debates sobre violência de gênero, cobertura midiática e falhas na negociação policial. O documentário Caso Eloá: Refém ao Vivo está disponível na Netflix.




