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A pior catástrofe aérea da história: colisão entre aviões e 351 vidas perdidas por um trágico mal-entendido

Por Pedro Silvini
26/12/2025
Em Geral
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avião aérea

(Reprodução/Getty Images)

Era 12 de novembro de 1996, pouco depois das 18h30, quando o voo 763 da Saudi Arabian Airlines, um Boeing 747, decolou do aeroporto Indira Gandhi, em Nova Délhi, com destino a Dhahran, na Arábia Saudita. A bordo estavam 312 pessoas — 289 passageiros e 23 tripulantes.

Ao mesmo tempo, o voo 1907 da Kazakhstan Airlines, um Ilyushin Il-76, aproximava-se de Nova Délhi vindo de Shymkent, no Cazaquistão, com 37 ocupantes. Ambos trafegavam pela mesma rota aérea, a G452, a cerca de 100 quilômetros a oeste da capital indiana, sobre o pequeno vilarejo agrícola de Charkhi Dadri.

Às 18h40, as duas aeronaves colidiram em pleno ar. Em segundos, mais de 500 toneladas de destroços despencaram sobre plantações de algodão e mostarda. Não houve sobreviventes. Todos os 349 passageiros e tripulantes morreram — o que faz do episódio a pior colisão aérea da história e o mais grave desastre aéreo já ocorrido na Índia.

A investigação concluiu que o acidente foi resultado de erro humano e falha de comunicação entre a tripulação do voo cazaque e o controle aéreo indiano.

O controle havia instruído o Ilyushin Il-76 a manter a altitude de 15 mil pés, enquanto o Boeing 747 saudita subia para 14 mil pés. No entanto, por razões nunca totalmente esclarecidas, a tripulação do avião cazaque continuou descendo abaixo da altitude permitida, entrando no espaço aéreo do jato saudita.

Ambas as tripulações haviam sido alertadas sobre a presença de outra aeronave na rota, mas a barreira linguística entre os pilotos e o controle de tráfego, somada à ausência de equipamentos de alerta de colisão, impediu qualquer manobra de evasão.

Céu coberto de destroços e lições duras

Testemunhas relataram que os destroços se espalharam por quilômetros, cobrindo os campos da vila. Passaportes, brinquedos, assentos e bagagens foram encontrados entre os destroços carbonizados. Muitos moradores passaram a noite tentando encontrar sobreviventes — sem sucesso.

Grande parte das vítimas eram trabalhadores que seguiam para o Golfo Pérsico, em busca de emprego. Noventa e quatro corpos estavam em estado tão degradado que não puderam ser identificados visualmente.

A tragédia de Charkhi Dadri levou a mudanças profundas na aviação civil mundial. Após o acidente, a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) instituiu a proficiência obrigatória em inglês para pilotos e controladores de tráfego aéreo, a fim de evitar falhas de comunicação semelhantes. Além disso, passou a ser obrigatória a instalação do sistema anticolisão (TCAS) em todas as aeronaves comerciais, capaz de alertar pilotos sobre outras aeronaves próximas.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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