Na rica biodiversidade do Pantanal, a ariranha, ou lontra-gigante, se destaca como um dos maiores predadores aquáticos da América do Sul. Este mamífero, cientificamente conhecido como Pteronura brasiliensis, tem características e comportamentos únicos.
Com um corpo que pode chegar a 1,80 metro e peso entre 25 e 35 quilos, a ariranha é um marco da fauna silvestre brasileira.

A espécie é endêmica na América do Sul e, no Brasil, encontra-se principalmente no Pantanal, onde rios de baixa correnteza e lagos proporcionam condições ideais. A ariranha prefere ambientes aquáticos ricos em peixes, essenciais para sua dieta, que inclui consumir cerca de 3 quilos de peixe por dia.
Refúgio da ariranha
As ariranhas vivem em habitats como rios e lagoas de águas calmas. O Pantanal, um dos biomas mais diversos do Brasil, é um local privilegiado para essas condições, oferecendo áreas sazonalmente alagadas e uma abundância de fontes alimentares.
A água limpa e bem oxigenada é crucial para a sua sobrevivência, assim como a presença de locais para descanso, incluindo tocas em barrancos.
Comportamento das ariranhas
Essas criaturas são predadores diurnos, alimentando-se principalmente de peixes, mas também de crustáceos e pequenos répteis. Seus grupos sociais podem envolver de 2 a 20 indivíduos, geralmente um casal dominante e sua prole.
A comunicação no grupo é intensa, envolvendo vocalizações e marcações de território com odores.
A ariranha enfrenta diversas ameaças que comprometem sua sobrevivência, como destruição de habitat, poluição e conflitos com pescadores. Historicamente, foi caçada por sua pele, o que levou a um declínio em suas populações. Atualmente, está classificada como “Vulnerável” na Lista Vermelha da IUCN.



