O que era para ser o grande capítulo final da carreira de Lewis Hamilton na Fórmula 1 virou um início de temporada turbulento na Ferrari. O britânico, que realizou o sonho de vestir o vermelho em 2025, ainda não conquistou vitórias nem pódios, alimentando rumores sobre sua permanência na equipe — apesar de garantir que tem um contrato “bastante longo”, válido até pelo menos 2027.
Mas, na visão de Ralf Schumacher, irmão do heptacampeão Michael Schumacher, a paciência de Maranello não deveria durar tanto. Em declarações contundentes à Sky alemã, o ex-piloto sugeriu abertamente que a Ferrari rompa o contrato de Hamilton e aposte em Oliver Bearman, revelação da Haas e integrante da academia da escuderia italiana.
Schumacher afirmou que Bearman é hoje uma alternativa mais inteligente para o futuro da Ferrari — tanto esportiva quanto financeiramente:
“A Ferrari tem o jovem Bearman, que está fazendo maravilhas com a Haas. E ele custa uma fração do que o Lewis ganha.”
Hamilton, que recebe salários na casa dos dois dígitos em milhões de euros, estaria entregando menos do que se espera de um heptacampeão mundial, segundo o alemão.
Desempenho em queda e erros preocupam
A crítica ficou ainda mais dura quando Schumacher questionou a capacidade do britânico, que fará 41 anos antes da temporada 2026, de manter o nível que o consagrou na categoria:
“Dá a sensação de que o filme ficou rápido demais para ele. Precisa dar mais de 100% para superar Leclerc, e isso leva a erros.”
O desempenho inconsistente no GP de São Paulo, onde Hamilton cometeu falhas e foi punido, foi citado como exemplo:
“Ele não consegue controlar o carro, comete erros e ainda é punido. Se eu fosse gestor, diria: ‘não está funcionando, é melhor apostar em um jovem talentoso como Bearman’.”
Ferrari já rescindiu contratos antes, lembra o alemão
Para Ralf, um eventual rompimento não seria surpresa:
“Eles já fizeram isso antes.”
De fato, a história recente mostra que contratos na Fórmula 1 não são garantia de permanência — a própria Red Bull encerrou o acordo de Sergio Pérez menos de um ano após renová-lo.
Scuderia tenta conter a crise
Diante da repercussão, um porta-voz da Ferrari minimizou a polêmica. Segundo ele, declarações recentes do presidente John Elkann, que pediu “menos palavras e mais resultados”, não foram uma crítica direta aos pilotos.
Ainda assim, a pressão interna cresce. A equipe perdeu a vice-liderança do Mundial de Construtores após um abandono duplo, ampliando o clima de tensão que envolve o início da era Hamilton em Maranello.




