A Amazon anunciou nesta quinta-feira (13), a nova fase de seu programa global de banda larga via satélite, que agora passa a se chamar Amazon Leo — substituindo o antigo Project Kuiper. O nome faz referência às constelações em órbita terrestre baixa (LEO), mesma tecnologia usada pela rival Starlink, de Elon Musk.
A mudança marca a transição do projeto, iniciado há sete anos, para a etapa de operações comerciais, com testes já realizados no Brasil e previsão de oferta de internet de alta velocidade a preços competitivos, segundo a companhia.
No país, o Amazon Leo opera em parceria com a Sky, que conduziu testes entre junho e setembro em Cosmópolis (SP) e Glória de Dourados (MS). Os pilotos avaliaram estabilidade de conexão e capacidade de transmissão em regiões com infraestrutura limitada — foco prioritário da empresa.
A Amazon pretende atender usuários domésticos, empresas e órgãos públicos em áreas remotas, onde o acesso à banda larga terrestre ainda é restrito.

O programa cumpriu etapas de licenciamento, testou satélites protótipos e iniciou o lançamento da constelação final em 2025.
Hoje, mais de 150 satélites do Amazon Leo já estão em órbita, parte de um plano que prevê milhares de unidades para oferecer cobertura global.
A decolagem mais recente, em abril, usou um foguete Atlas V, colocando 27 satélites adicionais no espaço.
Antenas próprias e promessa de velocidades Gigabit
Para viabilizar o serviço, a Amazon desenvolveu seus próprios terminais de usuário, incluindo a primeira antena phased-array comercial com capacidade para velocidades Gigabit — tecnologia que direciona o sinal de forma eletrônica para melhorar estabilidade e desempenho.
A companhia afirma ter uma das maiores linhas de produção de satélites do mundo, fabricando módulos em escala industrial para reduzir custos e garantir preços mais baixos que os concorrentes.
Clientes no mundo e no Brasil
Além do acordo com a Sky, o Amazon Leo já fechou contratos com empresas como:
- JetBlue
- L3Harris
- DirecTV na América Latina
- NBN Co., operadora da rede nacional de banda larga da Austrália
O serviço atenderá também governos e organizações que precisam operar em áreas afastadas.




