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Ministério da Saúde revela 6 doenças negligenciadas no Brasil que causam muitas mortes silenciosas

Por Pedro Silvini
28/12/2025
Em Geral
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SUS

(Reprodução/Agência Brasil)

Um novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde revelou um cenário alarmante: 99,3% dos municípios brasileiros registraram doenças tropicais negligenciadas (DTNs) entre 2016 e 2020. Presentes sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, essas enfermidades continuam ligadas à pobreza, ao saneamento precário e ao difícil acesso a serviços de saúde — fatores que favorecem infecções persistentes e mortes silenciosas.

As DTNs são doenças infecciosas historicamente subfinanciadas e pouco visibilizadas, mas que provocam impactos profundos na vida das populações vulneráveis e sobrecarregam o sistema público de saúde.

O boletim destaca seis enfermidades que seguem amplamente distribuídas no território nacional e apresentam alta carga de adoecimento e mortalidade:

1. Doença de Chagas

  • Transmitida principalmente pelo barbeiro.
  • Continua sendo uma das principais causas de morte por doenças infecciosas em áreas rurais.
  • Pode causar problemas cardíacos graves e irreversíveis quando não diagnosticada precocemente.

2. Hanseníase

  • Mantém transmissão ativa em diversos estados.
  • Pode deixar sequelas permanentes quando o diagnóstico é tardio.
  • O Brasil está entre os países com maior número de casos no mundo.

3. Esquistossomose

  • Associada ao contato com água contaminada.
  • Afeta principalmente populações ribeirinhas e áreas sem saneamento.
  • Pode evoluir para quadros hepáticos graves.

4. Leishmaniose visceral

  • Transmitida pelo mosquito-palha.
  • Altamente letal se não tratada a tempo.
  • Registra milhares de casos todos os anos, sobretudo no Nordeste.

5. Leishmaniose tegumentar

  • Causa lesões de pele e mucosas, com risco de desfiguração.
  • Comum em regiões rurais e florestais.

6. Filariose linfática

  • Conhecida por causar linfedema e elefantíase.
  • Embora controlada em parte do país, ainda persiste em áreas vulneráveis.

Além dessas, o boletim também aponta casos de tracoma, infecção ocular que pode levar à cegueira quando não tratada.

Por que essas doenças persistem?

O relatório reforça a relação direta entre vulnerabilidade social e a presença dessas doenças. Os municípios com maiores índices de casos têm, em geral:

  • piores indicadores de saneamento básico;
  • moradias precárias;
  • menor disponibilidade de serviços de saúde;
  • problemas crônicos de desigualdade.

Um levantamento internacional, o Health Inclusivity Index, confirma esse cenário:

  • 74% dos brasileiros enfrentam barreiras para acessar cuidados de saúde;
  • 50% dos mais vulneráveis sentem discriminação no atendimento;
  • 40% dizem receber apoio de membros da comunidade e não somente de profissionais;
  • 73% contam com vizinhos e amigos quando enfrentam problemas de saúde.

As desigualdades estruturais favorecem a continuidade dessas doenças — e dificultam o diagnóstico, o tratamento e a prevenção.

Mortes silenciosas e baixa visibilidade

Apesar de existirem políticas públicas para controle e eliminação das DTNs, o Ministério da Saúde alerta que:

  • os números permanecem elevados;
  • há mortalidade significativa em várias delas;
  • muitos casos são subdiagnosticados, o que agrava o impacto.

A combinação de baixa visibilidade, pobreza e dificuldades logísticas faz dessas doenças uma ameaça silenciosa e contínua.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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