O Banco Central do Brasil decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e suas subsidiárias nesta terça-feira, 18 de novembro, após constatar uma grave crise de liquidez e irregularidades financeiras. A intervenção foi acionada para proteger o sistema financeiro nacional de riscos adicionais e ocorreu logo após uma proposta de aquisição da instituição pelo grupo Fictor Holding Financeira.
A liquidação foi imposta devido ao comprometimento econômico-financeiro do Banco Master, que infringiu normas bancárias. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi designada para conduzir o processo, que visa encerrar atividades de forma ordenada, vender ativos e pagar credores. Esse procedimento assegura que a instituição não volte a operar no sistema bancário nacional.
Liquidação extrajudicial: o que significa?
A liquidação extrajudicial envolve o fechamento controlado das operações da instituição. Um liquidante assume a administração da instituição, resolvendo pendências financeiras, vendendo bens e garantindo que os credores sejam pagos conforme a ordem prescrita por lei. Essa medida é adotada para garantir a estabilidade do sistema financeiro e proteger os correntistas.
A liquidação impacta diretamente investidores e correntistas do Banco Master. Os investidores em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) estão protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. No entanto, valores acima desse limite não serão cobertos. Os ativos do banco serão administrados até a conclusão da liquidação para proteger os interesses dos clientes.
Operação Compliance Zero e prisões
Durante a operação do Banco Central, Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, foi preso no Aeroporto de Guarulhos ao tentar deixar o país. A prisão foi parte da Operação Compliance Zero, que investiga emissão de títulos de crédito sem lastro e fraudes.
Essa operação segue investigando potenciais responsabilizações legais e administrativas.




