O Brasil se prepara para um marco em sua história espacial com o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano. Planejado para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, em 17 de dezembro, este evento pode posicionar o país no mercado global de lançamentos espaciais.
Desenvolvido pela Innospace, o foguete transportará cinco satélites e três experimentos de instituições brasileiras e indianas. Esta missão, coordenada pela Força Aérea Brasileira (FAB), também representa um avanço tecnológico significativo para o país.
O foguete suborbital HANBIT-Nano é estimado para atingir velocidades de aproximadamente 30.000 km/h. Isso é cerca de 4 vezes a velocidade máxima do North American X-15, atingida em 3 de outubro de 1967, de aproximadamente 7.270 km/h.
Detalhes técnicos do HANBIT-Nano
O HANBIT-Nano possui 21,9 metros de comprimento e pesa cerca de 20 toneladas. Equipado com propulsão híbrida, foi projetado para carregar até 90 quilos em órbita.
Sua fabricação contou com a participação de aproximadamente 400 profissionais, entre militares e civis. O foguete levará sete cargas brasileiras, como os nanossatélites FloripaSat-2A e FloripaSat-2B, e o projeto educacional PION-BR2, desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão.
Vantagens de Alcântara
A escolha de Alcântara para este lançamento deve-se à sua proximidade com a linha do Equador, o que economiza combustível e maximiza a eficiência do foguete. O local também conta com uma infraestrutura que atende rigorosos padrões de lançamento.
Desde 2019, com o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, o CLA tem sido preparado para atividades comerciais. Empresas como a Innospace aproveitam este contexto para investir em parcerias que beneficiem a exploração espacial do Brasil.




