No último sábado (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação na trama golpista, teve sua prisão preventiva decretada. Atualmente, ele está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Na manhã de ontem (24), ele foi visitado pelo seu cunhado, Eduardo Torres, irmão de Michelle, que chegou ao local levando uma caixa.
De acordo com o Diário do Centro do Mundo, pessoas próximas afirmaram que a caixa levada por Torres continha alimentos e medicamentos para Bolsonaro. Inclusive, Torres já tinha levado medicamentos para o ex-presidente no dia em que ele foi detido.
Bolsonaro está detido em uma sala especial da Polícia Federal, mas, segundo o DCM, tem evitado o cardápio oferecido pela corporação, dando preferência a refeições feitas por familiares seguindo indicações médicas, com baixo teor de gordura. Presos receberam alimentos dos familiares não é incomum, mas eles precisam seguir os protocolos da PF.
O ex-presidente tem recebido visitas da família e de advogados e, segundo aliados, ele estaria calmo e conversando normalmente.
Por que Bolsonaro foi preso no sábado (22)?
Desde antes do julgamento do STF, o ex-presidente estava em prisão domiciliar desde o início de agosto, usando tornozeleira eletrônica. No último sábado (22), o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do ex-presidente depois que a Polícia Federal apontou risco de fuga. Bolsonaro tentou abrir a tornozeleira usando uma solda. Questionado, o ex-presidente confirmou que tentou abrir o equipamento, mas alegou que foi por “curiosidade”.
Em audiência de custódia no domingo (23), ele afirmou que tentou abrir a tornozeleira após um episódio de “paranoia” e “alucinação” por causa do uso combinado de remédios, pregabalina (para o tratamento de dores crônicas) e de sertralina (para o tratamento de depressão e transtornos de ansiedade). De acordo com a ata da audiência, Bolsonaro declarou que “agiu movido por temor e sensação de perseguição, decorrentes do uso concomitante de medicamentos”, negando qualquer intenção de fuga.




