A vida de Michael Schumacher, aos 56 anos, segue envolta em silêncio e proteção quase impenetrável desde o grave acidente de esqui em 2013. Mais de uma década depois, o heptacampeão mundial continua afastado da vida pública, em regime de privacidade rígido adotado pela família — e mantido com fidelidade absoluta por todos ao redor.
Além da esposa Corinna Schumacher e dos filhos Gina-Maria e Mick, apenas três pessoas têm autorização para visitá-lo regularmente: Jean Todt, Ross Brawn e Gerhard Berger. A informação foi confirmada pelo The Telegraph e reforçada por figuras próximas ao ex-piloto.
A lista de visitantes é formada por personagens centrais na trajetória profissional do alemão.
O mais frequente deles é Jean Todt, ex-presidente da FIA e chefe da Ferrari nos anos de ouro de Schumacher. Segundo o jornal britânico, Todt chega a visitá-lo duas vezes por mês e já afirmou que assiste às corridas de Fórmula 1 ao lado do ex-piloto.
Os outros dois nomes — Ross Brawn, engenheiro responsável pelos títulos na Benetton e Ferrari, e Gerhard Berger, ex-piloto e amigo pessoal — completam o grupo que mantém contato direto com Schumacher. Todos preservam absoluto sigilo sobre sua condição.
Richard Hopkins, ex-chefe de operações da Red Bull e amigo de longa data, afirmou ao SPORTbible que acredita que o público “nunca mais verá” o heptacampeão. Ele reforça que não integra o círculo íntimo de visitantes, mas que quem o faz respeita plenamente o pacto de privacidade da família:
“Mesmo que você oferecesse muito vinho a Ross Brawn, não acho que ele se abriria. Há um respeito mútuo entre quem visita Michael e quem não compartilha nada.”
Vida entre Suíça e Maiorca e vigilância constante
Schumacher vive entre a mansão da família às margens do Lago de Genebra, na Suíça, e uma propriedade em Maiorca. Sob os cuidados de Corinna, recebe tratamento intensivo e continua afastado de qualquer exposição pública.
A família mantém postura inalterada desde 2013: nenhuma informação relevante sobre seu estado clínico é divulgada, mesmo diante de insistentes especulações. Hopkins resume esse compromisso:
“Mesmo que eu soubesse alguma coisa, a família ficaria desapontada se eu contasse.”
A proteção extrema, contudo, gerou conflitos. Três pessoas foram condenadas por tentar extorquir 13 milhões de libras com fotos e vídeos roubados da residência dos Schumacher. O grupo ameaçou publicar o material — que incluía mais de 900 imagens, centenas de vídeos e documentos médicos — na dark web. Um dos discos rígidos nunca foi recuperado.
Carreira histórica permanece como legado
Considerado um dos maiores pilotos de todos os tempos, Michael Schumacher construiu carreira brilhante na Fórmula 1 entre 1991 e 2012, com passagens por Jordan, Benetton, Ferrari e Mercedes. Conquistou sete títulos mundiais (1994, 1995, 2000-2004), recorde que dividiu com Lewis Hamilton.
Casado com Corinna desde 1995, o ex-piloto é pai de Gina-Maria, atleta de hipismo, e Mick Schumacher, piloto que competiu na Fórmula 1 entre 2021 e 2022.




