Um surto de morte súbita acometeu recentemente um confinamento de bovinos no Centro-Oeste do Brasil, resultando na morte de mais de 1.000 bovinos da raça Nelore. O evento ocorreu neste mês de novembro, em um confinamento que abriga cerca de 20.000 animais.
A investigação aponta para a enterotoxemia, causada pelo Clostridium perfringens, como a principal responsável pelas mortes. O surto foi atribuído a um desequilíbrio na dieta dos animais, que continha excessivo teor de amido. As informações são da Revista DBO.
Fatores contribuintes para o surto
A ração dos bovinos era composta por 49% de amido por quilograma de matéria seca, fato que contribuiu para a rápida multiplicação da bactéria Clostridium perfringens tipo A.
Além do problema nutricional, a vacinação aplicada não incluía proteção contra esse tipo específico de bactéria, deixando o rebanho vulnerável. A combinação desses fatores resultou na rápida proliferação de toxinas letais.
Sintomas
A enterotoxemia se manifesta de forma rápida, fazendo com que muitos animais morressem subitamente. Na necropsia, foram identificadas lesões hemorrágicas no intestino delgado, causadas pelas toxinas da bactéria, que também provocam formação de gases e deterioração orgânica.
O diagnóstico foi confirmado por meio da análise das lesões observadas e da investigação do manejo alimentar e vacinal inadequado.
Medidas adotadas para controle
Para controlar o surto, foram implementadas duas medidas principais:
- Redução do teor de amido na dieta, passando de 49% para 40%.
- Aplicação de uma vacina específica, contendo toxoide contra Clostridium perfringens tipo A.
Essas ações eficazes resultaram em uma significativa redução na taxa de mortalidade.




