A Eli Lilly alcançou um marco histórico ao atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado, tornando-se a primeira farmacêutica do mundo a entrar no clube trilionário, tradicionalmente dominado por gigantes da tecnologia como Microsoft e Nvidia. A conquista reflete a explosão global do mercado de medicamentos para controle de peso, área em que a empresa se consolidou como líder absoluta.
A valorização das ações — mais de 35% somente este ano e mais de 75% desde o lançamento do Zepbound no fim de 2023 — foi impulsionada pela demanda sem precedentes por tratamentos inovadores para obesidade. O destaque é a molécula tirzepatide, vendida como Mounjaro (para diabetes tipo 2) e Zepbound (para obesidade), que superou o Keytruda, da Merck, e se tornou o medicamento mais vendido do mundo.
Mounjaro e Zepbound fazem a Lilly ultrapassar rivais e dominar o mercado
A Novo Nordisk entrou primeiro no setor com Ozempic e Wegovy, mas a Lilly avançou graças a três fatores estratégicos:
- Mais eficácia clínica comprovada em seus medicamentos;
- Problemas de abastecimento que atrasaram o Wegovy em 2021;
- Rápida expansão da produção e distribuição, atendendo à crescente demanda global.
Com isso, a empresa superou em volume de prescrições sua maior rival, consolidando-se como líder mundial no segmento. No último trimestre divulgado, a Lilly registrou US$ 10,09 bilhões em receita apenas com tratamentos para obesidade e diabetes — mais da metade da receita total de US$ 17,6 bilhões.
Mercado bilionário deve crescer ainda mais até 2030
Analistas de Wall Street estimam que o mercado de medicamentos para perda de peso pode atingir US$ 150 bilhões até 2030, com Eli Lilly e Novo Nordisk concentrando a maior parte das vendas globais.
A Lilly também firmou um acordo com o governo dos Estados Unidos para ampliar o acesso aos tratamentos. Embora políticas de preços possam pressionar a empresa no curto prazo, a expansão do público tratável — potencialmente 40 milhões de novos pacientes — tende a consolidar ainda mais seu crescimento.
Atualmente, as ações da companhia estão entre as mais valiosas do setor farmacêutico, negociadas a cerca de 50 vezes o lucro estimado para os próximos 12 meses — um indicativo da confiança dos investidores na continuidade do boom dos medicamentos para emagrecimento.




