A transição para a reforma tributária no Brasil já enfrenta desafios significativos. O governo federal não incluiu na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 o aporte de R$ 8 bilhões para o Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais (FCBF). As informações são da Gazeta do Povo.
Este fundo é crucial para compensar a redução dos incentivos de ICMS destinados a estados e municípios. A ausência deste aporte essencial gera preocupações nos governos locais e empresas sobre como as perdas serão cobertas.
O montante total que o FCBF deveria receber até 2032 é de R$ 160 bilhões. Esse valor serviria para sustentar a transição causada pelo fim dos benefícios fiscais atuais.
Atualmente, foi reservado apenas R$ 80,87 milhões no Orçamento de 2025, dependendo da aprovação de um projeto de crédito suplementar no Congresso. A complexidade da situação aumenta a preocupação sobre o impacto econômico.
Impactos econômicos e fiscais
O atraso no aporte provoca um efeito dominó, empurrando a responsabilidade financeira para governações futuras. Isso pode resultar em um aumento da carga tributária para garantir o cumprimento dos compromissos fiscais.
Se esses atrasos persistirem, a partir de 2027 eles poderão se tornar um passivo significativo, complicando ainda mais a capacidade fiscal das administrações subsequentes.
Insegurança no setor privado
Empresas estão apreensivas com a incerteza jurídica e econômica derivada desse cenário. A tão esperada reforma tributária, que prometia trazer previsibilidade, pode gerar desconfiança entre investidores e empreendedores.
Isso poderia impactar negativamente as decisões sobre investimento e contratação pelo setor privado.




