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Estudo japonês revela que cabelos brancos podem proteger o organismo contra o câncer

Por Pedro Silvini
03/12/2025
Em Geral
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Cabelo branco

(Reprodução/Shutterstock)

Um estudo da Universidade de Tóquio, publicado em outubro na revista Nature Cell Biology, revelou que o surgimento de cabelos brancos pode estar ligado a um mecanismo natural de proteção contra o câncer de pele, especialmente o melanoma. A pesquisa mostra que o embranquecimento ocorre quando o corpo elimina células-tronco danificadas antes que elas se tornem potencialmente perigosas.

A equipe liderada pela bióloga Emi Nishimura e pelo pesquisador Yasuaki Mohri analisou, em camundongos, como as células-tronco de melanócitos (McSCs) — responsáveis por produzir melanina — reagem a diferentes tipos de danos no DNA.

Segundo os pesquisadores, quando essas células sofrem quebras duplas no DNA, elas entram em um processo chamado de seno-diferenciação. Nesse estado, as células deixam de se renovar, amadurecem de forma permanente e são descartadas pelo organismo, causando o surgimento dos fios brancos.

Esse mecanismo é ativado pelo caminho molecular p53-p21, conhecido por controlar o ciclo celular e impedir a formação de tumores.

“Esses achados mostram que um mesmo grupo de células pode seguir caminhos opostos — exaustão ou expansão — dependendo do tipo de estresse e dos sinais do ambiente ao redor”, afirmou Nishimura.

“Eles reformulam o entendimento de que cabelos brancos e melanoma são eventos desconectados. Na verdade, são resultados divergentes das respostas ao estresse das células-tronco.”

Quando o processo falha, o risco de melanoma aumenta

O estudo também identificou que, diante de carcinógenos como a radiação UVB ou a substância DMBA, as McSCs não entram em seno-diferenciação — mesmo com danos no DNA. Em vez disso, continuam se multiplicando e expandem-se clonamente, comportamento que favorece o surgimento de tumores.

Esse desvio ocorre porque o tecido ao redor libera o fator KIT (SCF), uma molécula que impede a diferenciação protetora e força as células danificadas a continuarem vivas e se replicando.

Diz Nishimura: “Se a seno-diferenciação é uma forma de autoproteção, seu bloqueio abre caminho para que células comprometidas evoluam para o melanoma.”

Cabelos brancos não “evitam câncer”, mas indicam um sistema funcionando

Os pesquisadores ressaltam que ter cabelos brancos não significa estar protegido contra o câncer, mas sim que o organismo está acionando uma via natural de eliminação de células com danos genéticos.

Quando esse processo não ocorre, as células defeituosas permanecem, aumentando a chance de tumores.

A descoberta estabelece uma conexão inédita entre:

  • envelhecimento dos tecidos,
  • mecanismos de autodestruição celular,
  • prevenção do melanoma.

Os autores afirmam que o estudo abre caminho para novas pesquisas sobre prevenção e terapias que estimulem a remoção de células precancerosas.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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