Uma reforma crucial promete mudar o cálculo das aposentadorias na Argentina a partir de 2026. Sob a liderança do governo de Javier Milei, a alteração no método de cálculo dos benefícios visa garantir que os salários históricos dos trabalhadores aposentados reflitam melhor a evolução econômica.
A medida é destinada a mitigar o impacto da inflação no poder aquisitivo, uma preocupação crescente em um cenário de alta inflação.
Até então, os valores iniciais das aposentadorias eram calculados com base em indicadores que frequentemente não acompanhavam os aumentos reais dos preços.
Com a nova fórmula, as remunerações passadas serão reajustadas trimestralmente, usando dois indicadores principais: o RIPTE (Remuneração Imponível Promédio de los Trabajadores Estables) e o Índice de Mobilidade Previsional. Essa abordagem promete ajustar de forma mais precisa os benefícios aos rendimentos reais dos trabalhadores ao longo de suas carreiras.
Como funciona a nova fórmula
O novo método de cálculo combina o RIPTE, que mede a evolução dos salários formais, com o Índice de Mobilidade Previsional, responsável pelos ajustes trimestrais nas aposentadorias. Esta combinação resulta em um índice único, atualizado a cada três meses.
O objetivo é que os valores iniciais dos beneficiários sejam acordados com o cenário econômico, evitando desvantagens para quem se aposentar após a reforma.
Todos os trabalhadores que se aposentarem a partir de dezembro de 2025 serão afetados por essa nova metodologia, que busca corrigir distorções passadas no cálculo dos benefícios.
O governo argumenta que o ajuste é essencial para garantir que os novos aposentados não tenham seus benefícios corroídos pela inflação. A fórmula anterior resultava em valores iniciais defasados, não refletindo adequadamente a realidade econômica vivida pelos trabalhadores.



