O avanço de medicamentos como Mounjaro, Ozempic e Wegovy — usados para diabetes e amplamente adotados como ferramentas de emagrecimento — vem mudando comportamentos no Brasil e no mundo. Mas, segundo especialistas, a alimentação continua determinante para o sucesso do tratamento, e alguns produtos devem ser evitados para não comprometer os resultados.
A nutricionista Laine Moser, que atende pacientes usuários de medicamentos agonistas de GLP-1, divulgou uma lista de oito alimentos que podem reduzir a eficácia do tratamento, causar mal-estar e até levar ao reganho de peso.
“A medicação pode ajudar em casos específicos, mas ela não vai fazer milagre se você não mudar seus hábitos e a alimentação”, afirma a profissional. “Não adianta gastar R$ 2 mil por mês e beber como um opala 4.1 de tanque furado — não vai emagrecer nunca.”
Os 8 alimentos que quem usa Mounjaro deve evitar ao máximo
Segundo a nutricionista, esses itens aumentam o desconforto gastrointestinal, estimulam compulsões e podem atrapalhar o funcionamento dos hormônios regulados pelos remédios:
- Frituras
- Gorduras em excesso (incluindo churrasco em grande quantidade)
- Ultraprocessados
- Alimentos muito picantes
- Álcool
- Açúcar e doces
- Laticínios (em especial para quem tem sensibilidade)
- Refrigerantes (tradicionais e zero)
A nutricionista destaca que não se trata de proibição absoluta, mas de limite.
“Você pode comer de tudo, mas não tudo”, diz Laine. “Se não quiser jogar dinheiro no lixo, precisa evitar ao máximo esses alimentos.”
Mudança de hábitos é decisiva — e dados mostram impacto no consumo
Os agonistas de GLP-1, como Mounjaro e Ozempic, reduzem o apetite e alteram o metabolismo, mas o comportamento alimentar continua determinante. E as transformações provocadas pela popularização desses remédios já começam a aparecer.
Uma pesquisa apresentada no Latam Retail Show, em São Paulo, mostra que usuários brasileiros desses medicamentos aumentaram o consumo de bebidas açucaradas, contrariando orientações de nutricionistas. Foram registrados:
- +56% no consumo de refrigerantes tradicionais
- +19% de energéticos
- +16% de refrescos em pó
- +14% de sucos prontos
O fenômeno acompanha tendência global: segundo a Goldman Sachs, 70 milhões de pessoas estarão em tratamento com esses remédios até o fim da década, movimentando mais de US$ 100 bilhões por ano. Empresas de moda, alimentação e varejo já observam efeitos diretos no padrão de compra.




