Um novo subtipo do vírus influenza A tem chamado bastante atenção de especialistas em saúde. É a “gripe K”, uma nova ramificação genética do vírus influenza A (H3N2). Cientistas apontam um “rápido crescimento” em casos desse subtipo desde agosto, que já foi identificado em várias partes do mundo, incluindo aqui no Brasil. Com esses alertas, surge também a dúvida se a atual vacina contra a gripe nos protege contra esse subtipo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dados sobre o grau de eficácia da vacina especificamente contra a gripe K ainda são limitados, mas estimativas iniciais baseadas em casos no Reino Unido indicam que a vacina continua a proteger contra casos mais graves da gripe, principalmente entre indivíduos mais vulneráveis, como crianças e idosos.
“Mesmo que existam algumas diferenças genéticas entre os vírus da influenza em circulação e as cepas incluídas nas vacinas, a dose sazonal contra a influenza ainda pode oferecer proteção”, afirma a OMS em alerta. “Ainda se espera que a vacinação proteja contra doença grave e ela continua sendo uma das medidas de saúde pública mais eficazes.”
Segundo a OMS, a composição atual da vacina indica ser de 70% a 75% eficaz em prevenir atendimento hospitalar entre crianças de 2 a 17 anos, e 30% a 40% entre adultos.
O que é a gripe K?
O vírus influenza é dividido em quatro tipos: A, B, C e D. O tipo A é dividido entre H1N1 e H3N2. É neste segundo subtipo que surgiu um subclado, a gripe K, cujo nome oficial é J.2.4.1. Por enquanto, não existem evidências de que a gripe K seja mais grave do que uma gripe comum e os sintomas são basicamente os mesmos, como coriza, dor de garganta e mal-estar.




