O Senado Federal aprovou, em 16 de dezembro, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 143/2020. Este projeto autoriza o pagamento retroativo de benefícios congelados a servidores públicos durante a pandemia de Covid-19.
A proposta abrange o período de 28 de maio de 2020 a 31 de dezembro de 2021 e é aplicável a estados, o Distrito Federal e municípios que declararam estado de calamidade pública e possuem orçamento disponível. Com 62 votos a favor, dois contra e duas abstenções, o projeto segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Implicações para os servidores públicos
O projeto visa corrigir o impacto das medidas de contenção de gastos durante a pandemia, restabelecendo direitos como anuênios, triênios, quinquênios, sexta-parte e licença-prêmio. O pagamento desses valores dependerá da disponibilidade financeira dos estados e municípios.
O relator do projeto, senador Flávio Arns, afirmou que não há criação de novas despesas obrigatórias. A medida permite compensações retroativas somente se houver orçamento suficiente, evitando assim repasses indevidos de encargos à União.
Consequências financeiras
A proposta gerou discussões sobre seus possíveis impactos fiscais e administrativos. Senadores levantaram preocupações sobre a influência que o ano eleitoral pode ter sobre a execução dos pagamentos, temendo que estados se sintam pressionados a realizar os pagamentos mesmo sem recursos suficientes.
Contudo, apoiadores do projeto destacam que ele corrige distorções geradas durante a pandemia, garantindo justiça para categorias essenciais.
Com a aprovação, o poder de decisão sobre a implementação dos pagamentos recai sobre os governos estaduais e municipais. Cada administração deve avaliar sua situação fiscal, respeitando suas normas internas e limitações orçamentárias, assegurando um processo sustentável.




