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Cientistas descobrem informação importante sobre quem tem TDAH

Por Pedro Silvini
29/12/2025
Em Geral
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TDAH

(Reprodução/IStock)

Por décadas, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) foi tratado como um problema de comportamento, associado a rótulos como indisciplina, preguiça ou falta de esforço. Hoje, a ciência reconhece o TDAH como uma condição neuropsiquiátrica complexa, marcada por desatenção, impulsividade e hiperatividade — e fortemente ligada à genética.

Agora, uma descoberta inédita pode mudar a forma como o transtorno é compreendido. Um estudo publicado recentemente na revista Nature identificou três genes específicos cujas mutações raras podem aumentar em até 15 vezes o risco de uma pessoa desenvolver TDAH.

A pesquisa foi conduzida por uma equipe internacional liderada pelo centro iPSYCH, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca. Os cientistas analisaram o DNA de 8.895 pessoas com TDAH e compararam os dados com os de 53.780 indivíduos sem o transtorno, dobrando o tamanho da amostra em relação a estudos anteriores.

O resultado foi a identificação de variantes raras em três genes: MAP1A, ANO8 e ANK2. Diferentemente das milhares de variantes genéticas comuns já associadas ao TDAH — que aumentam o risco apenas de forma marginal — essas mutações raras têm efeito elevado e direto sobre o desenvolvimento do transtorno.

“Pela primeira vez, conseguimos apontar genes muito específicos nos quais variantes raras conferem uma forte predisposição ao TDAH”, afirmou o professor Anders Børglum, autor sênior do estudo.

Impacto no funcionamento do cérebro

Segundo os pesquisadores, essas variantes genéticas afetam diretamente a comunicação entre neurônios, interferindo em processos fundamentais do cérebro. As mutações impactam especialmente neurônios dopaminérgicos e GABAérgicos, que desempenham papel essencial na regulação da atenção, do controle de impulsos e da motivação — funções frequentemente alteradas em pessoas com TDAH.

O estudo também revelou que os genes identificados fazem parte de uma rede maior de proteínas envolvidas em outros transtornos do neurodesenvolvimento, como autismo e esquizofrenia, o que ajuda a explicar por que essas condições podem compartilhar características biológicas.

A análise cruzou dados genéticos com informações sobre escolaridade e condições socioeconômicas. Os resultados mostraram que indivíduos portadores dessas mutações raras tendem, em média, a apresentar menor desempenho educacional e maiores dificuldades socioeconômicas, padrões frequentemente observados em pessoas com TDAH.

Caminho para novos diagnósticos e tratamentos

Atualmente, o diagnóstico do TDAH é clínico, baseado em entrevistas, histórico familiar, avaliações comportamentais e registros escolares. Não existe, até hoje, um teste biológico ou genético específico para identificar o transtorno.

Segundo os pesquisadores, a descoberta abre caminho para que, no futuro, marcadores genéticos possam auxiliar na identificação precoce do risco, ainda antes do surgimento dos sintomas.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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