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Após 104 anos no Brasil, marca gigante de roupas deixa o país e vai operar no Paraguai

Por Pedro Silvini
30/12/2025
Em Geral
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Loja de Roupa

(Reprodução/IStock)

Após mais de um século de atuação industrial no Brasil, a Lupo, uma das marcas mais tradicionais do setor têxtil nacional, transferiu parte de sua produção para o Paraguai. A decisão está diretamente ligada às mudanças provocadas pela Lei 14.789/2023, que alterou o tratamento tributário dos incentivos fiscais concedidos por estados e municípios, elevando os custos de operação no país.

Sancionada no fim de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Lei 14.789 encerrou a isenção de impostos federais sobre incentivos fiscais estaduais, como os relacionados ao ICMS. A medida foi apresentada pelo governo federal como uma das prioridades para elevar a arrecadação, mas teve reflexos diretos sobre a competitividade de empresas industriais.

No caso da Lupo, a mudança tornou parte da operação economicamente inviável. A empresa, fundada há 104 anos no Brasil, sobreviveu a eventos históricos como a Segunda Guerra Mundial, a crise de 1929, períodos de hiperinflação, mudanças monetárias e a pandemia da Covid-19, mantendo sua produção em território nacional durante todo esse período.

Nova fábrica no Paraguai

A nova unidade da Lupo foi inaugurada em junho deste ano, em Ciudad del Este, no Paraguai, na região do antigo km 13 da Rodovia PY02. O investimento supera R$ 30 milhões, e a fábrica tem capacidade para produzir até 20 milhões de pares de meias por ano, gerando atualmente cerca de 110 empregos diretos no país vizinho.

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Segundo a empresa, a produção no Paraguai representa uma redução de custos em torno de 28% em comparação com o Brasil, resultado principalmente da menor carga tributária e de um ambiente regulatório mais simples.

Declaração da empresa

Em entrevista à Folha de S.Paulo, a executiva Liliana Aufiero, da Lupo, afirmou que a mudança não foi uma escolha espontânea, mas consequência do cenário econômico brasileiro.

“Não é que a Lupo foi para o Paraguai, o Brasil empurrou a gente para o Paraguai”, declarou Aufiero, ao comentar o peso da carga tributária e da burocracia no país.

Para operar no Paraguai, a Lupo aderiu ao regime de maquila, um sistema que permite a industrialização de produtos com matéria-prima importada, com tributação reduzida e foco na exportação. De acordo com o governo paraguaio, cerca de 70% das indústrias beneficiadas por esse regime estão concentradas no departamento de Alto Paraná, onde fica Ciudad del Este.

A localização estratégica, próxima às fronteiras com o Brasil e a Argentina, também contribui para a redução de custos logísticos. Atualmente, o Brasil é o principal destino dos produtos fabricados no Paraguai sob a Lei da Maquila, incluindo os itens produzidos pela Lupo.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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