Os Correios anunciaram nesta segunda-feira (29) uma série de medidas para enfrentar uma crise financeira persistente. O plano inclui o fechamento de mil agências deficitárias e a demissão voluntária de até 15 mil funcionários até 2027.
As medidas visam reverter um período de 12 trimestres consecutivos de perdas e equilibrar as finanças da estatal. A previsão é que R$ 5,8 bilhões do total de um déficit estatais em 2025 sejam dos Correios, conforme anunciado pelo governo.
A direção dos Correios pretende enfrentar essa situação através de um empréstimo de R$ 12 bilhões garantido por um consórcio de cinco bancos, incluindo Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil. Este financiamento tem o objetivo de restabelecer a liquidez e possibilitar o cumprimento de obrigações financeiras imediatas.
Estima-se que ainda haverá um déficit significativo para a estatal em 2025. O programa de demissão voluntária poderá gerar uma economia superior a R$ 2 bilhões anuais.
Fontes alternativas de receita para os Correios
Os Correios também buscam novas fontes de receita. Entre as estratégias planejadas estão a formação de parcerias com o setor privado e a diversificação de serviços, como a oferta de serviços financeiros e seguros.
Além disso, a venda de imóveis e ativos administrativos é outra ação projetada para aumentar a receita. No entanto, as expectativas financeiras relacionadas a essas iniciativas ainda não estão claramente definidas publicamente.
O fortalecimento da infraestrutura dos Correios é outra prioridade. Um financiamento de R$ 4,4 bilhões do Banco dos Brics está em negociação para serem destinados à automação de centros de tratamento, modernização de tecnologias e redesenho logístico.




