Nos últimos meses, o consumidor brasileiro percebeu que diversos produtos sofreram alterações de preços, ficando mais caros do que o costume. Um produto que chamou a atenção foi o café, que terminou janeiro com uma variação de 66%. Esse percentual representa a soma dos reajustes que o pó de café teve durante janeiro do ano passado, após 12 meses. Quanto maior o percentual, significa que falta produto para ser reposto.
Isso também aconteceu com o azeite, o açúcar e os ovos, que tiveram uma alta nos preços no começo deste ano. A partir dos dados coletados pela empresa Neogrid, o café subiu 2,1 pontos percentuais (de 9% para 11,1%) no último ano, mas em fevereiro, o pó novamente sofreu alteração e subiu 7%, passando de R$ 21,94 para R$ 23,48, enquanto o café em grãos teve uma redução, caindo de R$ 50,14 para R$ 44,47.
“O aumento ocorre em um momento em que o varejo já começa a sentir os impactos da desaceleração no consumo no país”, afirmou em nota Robson Munhoz, diretor de Relações Corporativas da Neogrid.
O café terá reajuste nos valores novamente?
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as projeções não são positivas sobre o preço do café, isso porque, houve uma queda de 4,4% no número de sacas beneficiadas em relação a 2024. Para o arábica, o pó mais comum no mercado, a retração deve ser de 12,4%.
Apesar das variações, os consumidores devem se preparar para pagar mais caro pelo café nos próximos meses. No entanto, existe a expectativa de que no final de 2025, o café tenha uma queda de 30% em relação ao ano passado.